Empresário de SC que completou volta ao mundo de helicóptero elege pouso em iceberg como trecho mais bacana da viagem: 'emoção gigante'

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O pouso no iceberg ocorreu em 8 de julho.

"É uma coisa que chama muita atenção porque a gente não tem muito gelo aqui no Brasil. Então pousar em um iceberg foi a coisa que mais eu me lembro, assim, de uma emoção gigante e uma coisa impressionante. Parecia a gente ir para a lua, porque a gente não sabia a consistência do iceberg, podia ser escorregadio ou alguma coisa assim. Então a gente teve que descer com muito cuidado do helicóptero, para pisar devagarinho no chão, para ver como é que era a consistência", relatou o empresário sobre a experiência.

Um vídeo feito por ele na época mostrou o helicóptero circulando a massa de gelo. Após o pouso, ele e Wilson saem da aeronave e andam em cima do iceberg. Eles foram acompanhados por um amigo da Dinamarca, que também fez esse trecho da viagem no helicóptero.

A Groenlândia também envolveu os trechos mais difíceis da viagem, conforme o empresário. As grandes travessias foram as que deram mais trabalho aos dois viajantes.

"Do Canadá para a Groenlândia, a gente pegou tempo muito ruim, neblina", exemplificou o empresário.

O trecho mais desafiante, no entanto, foi entre a Groenlândia e a Islândia.

"A gente pegou o vento contra e a gente estava com uma autonomia de cinco horas e meia. A gente acabou cruzando ali com quatro horas e meia, então a gente ficou muito próximo do nosso limite de voo, que a gente sempre deixa uma hora de reserva. E estava um vento forte contra, a gente teve que baixar, voar a 100 metros de altura para poder fugir um pouco do vento, que o vento em altitude é maior, então a gente teve que voar baixo".

A ideia inicial era passar pelos 35 países em 100 dias, mas as condições de tempo atrasaram o cronograma. A viagem começou no mesmo aeroporto do pouso, em Jaguaruna, em 18 de junho.

Apesar de não conseguir terminar o percurso no tempo inicialmente planejado, o empresário e o piloto conseguiram o recorde de volta ao mundo mais rápida feita de helicóptero, segundo eles. Agora, eles juntam documentos para provar o feito ao Guinness Book, o livro dos recordes.

Freitas lembrou que o piloto Peter Wilson já havia completado a volta ao mundo de helicóptero, mas em 121 dias. "Ele já tinha voado esse roteiro, a gente mudou o roteiro, 40% do roteiro eram lugares novos que ele não conhecia, do itinerário. Mas a gente usou basicamente o itinerário dele e a gente conseguiu fazer em 106 dias".

A viagem feita por Wilson foi em 17 mil milhas, enquanto o percurso de 106 dias foram 34 mil milhas. Mesmo com mais distância, a volta ao mundo foi feita em menos tempo.

Antes mesmo de decolar no início da viagem, a dupla já tinha em mente a documentação necessária para comprovar o futuro recorde.

"A gente foi assinando nos pontos de parada, foram 14 pontos que a gente assinou essa documentação para o Guinness Book. Daqui a gente tem sete dias para mandar essa documentação, que já foi toda escaneada e provavelmente em uns três meses vem oficial a resposta deles".

A expedição foi compartilhada nas redes sociais de André, que fez vídeos reportando cada viagem. Eles fizeram a volta ao mundo com um helicóptero R66 Turbine.

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