Por Sofia Mayer, g1 SC


Mãe e filhos estavam desaparecidos — Foto: Redes sociais/ Reprodução

Os corpos de Edinéia Telles, 34 anos, e dos dois filhos dela, de 2 e 4 anos, foram liberados do Instituto Médico Legal (IML) 23 dias após serem encontrados carbonizados dentro de um carro em Ibirama, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

O suspeito, Gilson Haskel, marido da mulher e pai das crianças, confessou os assassinatos durante a abordagem, segundo a PM. Ele segue no Presídio Regional de Rio do Sul, na mesma região.

A Polícia Científica informou, nesta segunda-feira (23), que a liberação para os familiares ocorreu no sábado (21), após os resultados de exames, incluindo o de DNA, que confirmou a identidade das vítimas.

Os corpos foram velados e sepultados mesmo dia em Witmarsum, no Vale do Itajaí, conforme a funerária Vitor Meireles.

O homem, que confessou o crime, relatou à PM que usou um revólver e uma espingarda para atirar contra as vítimas. Depois, ele disse ter enterrado as armas. Em depoimento à Polícia Civil, contou que atirou contra a mulher duas vezes e depois contra as crianças.

Segundo a delegada Elisabete da Cruz Pardo, "há indicativos de que foi ateado fogo no veículo e depois foi jogado na ribanceira".

Carro onde corpos foram encontrados, em Ibirama (SC), foi incendiado — Foto: Greice Sauer/RBA TV

Investigação

A família foi encontrada dentro do carro incendiado em 29 de agosto. Os três estavam desaparecidos desde o início daquela semana e foram localizados após um morador passar pelo local e chamar a polícia.

O suspeito de 38 anos foi localizado e preso no Paraná no mesmo dia. No momento da abordagem, ele estava comendo um lanche em um restaurante entre Guaraniaçu e Ibema (assista abaixo).

Suspeito pela morte de mulher e filhos carbonizados é preso em lanchonete no PR

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Inicialmente, ele questionou o motivo da abordagem, mas confessou os crimes à PM em seguida, conforme a corporação. O irmão dele foi preso em Rio do Sul, em Santa Catarina.

Para a PM, o homem disse que foi motivado "pelas dívidas acumuladas pelo casal e pela intenção da esposa de se divorciar". A Polícia Civil divulgou que o homem cometeu os assassinatos após chamar a mulher para combinarem sobre a guarda dos filhos.

Medida protetiva

Conforme a delegada regional Elisabete da Cruz Pardo, Edinéia Telles tinha pedido medida protetiva contra o suspeito, que não se estendia aos filhos.

"Em síntese, ele não poderia se aproximar da vítima e houve, sim, a ameaça. Esse boletim de ocorrência foi registrado no dia 29 de julho, onde ela requereu medida protetiva, exatamente um mês antes desse crime bárbaro", afirmou a investigadora.

A medida protetiva de urgência é um dos instrumentos de proteção à mulher vítima de violência doméstica e familiar. O mecanismo está previsto na Lei Maria da Penha e é concedido quando existe risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da vítima.

Desaparecimento

Familiares de Edinéia Telles e dos filhos Luan e Lyan chegaram a publicar pedidos de ajuda para encontrá-los nas redes sociais. A suspeita é de que as vítimas sejam os desaparecidos, segundo a PM, porque os corpos foram achados em um veículo com placa no nome dos familiares.

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