Município no litoral catarinense, Pescaria Brava tem 10 mil habitantes — Foto: Divulgação Câmara municipal de Pescaria Brava
Deyvisonn Souza (MDB), ex-prefeito de Pescaria Brava preso na Operação Mensageiro, foi condenado a mais de 60 anos de prisão por organização criminosa e corrupção. Outras sete pessoas também foram sentenciadas no mesmo processo.
A decisão é de terça-feira (3). Souza era prefeito de Pescaria Brava, cidade do Sul de Santa Catarina, e estava no mandato quando foi detido. A defesa dele, liderada pelo advogado Pierre Vanderlinde, disse que vai se inteirar da sentença e conversar com o ex-prefeito antes de se manifestar.
Pescaria Brava é o segundo município mais jovem do Brasil e o mais novo de Santa Catarina. Teve sua emancipação foi autorizada em 2012 e tem atualmente 10.190 habitantes.
A Operação Mensageiro apura um esquema criminoso no setor de coleta e destinação de lixo em várias prefeituras de Santa Catarina. Além de Souza, outro prefeito que também é investigado já foi condenado: Marlon Neuber, de Itapoá, no Norte do estado.
Deyvisonn Souza, que estava no segundo mandato, foi inicialmente preso na Operação Mensageiro em dezembro de 2022. Sete meses depois, renunciou ao cargo. Ele chegou a ser solto em 2023, mas foi preso novamente este ano e segue em prisão preventiva.
Deyvisonn Souza era prefeito de Pescaria Brava e foi condenado na Operação Mensageiro — Foto: Arquivo Pessoal/Redes Sociais
Decisão
Na decisão, o juiz Renato Muller Bratti escreveu: “Com o ato corruptível do acusado ocasionou, sua segregação trouxe descrédito à credibilidade de política para a população, além de resultar na descontinuidade, ainda que momentânea, na gestão administrativa do município”.
Além da pena de prisão, após o processo transitado em julgado, Souza terá os direitos políticos cassados por oito anos. No processo, as penas dos demais condenados chegam, no máximo, a 25 anos de prisão.