Por Sofia Mayer, g1 SC


Toninha monitorada desde 2012 é encontrada morta em SC

Toninha monitorada desde 2012 é encontrada morta em SC

Uma toninha monitorada por pesquisadores desde 2012, quando ainda era filhote, foi encontrada morta em São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina. A pequena espécie de golfinho está criticamente em perigo de extinção, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Estrela, como era chamado, foi a única toninha do mundo a ser monitorada durante toda a vida, conforme Renan Paitach, coordenador de pesquisa do Toninhas do Brasil, projeto que acompanhava o animal.

"Perder qualquer Toninha é sempre muito triste e são centenas que morrem assim todos os anos. Mas quando você acompanha o animal durante toda a vida, por tantos anos, é ainda mais duro. Parece que a gente perdeu um conhecido, alguém próximo. O Estrelinha foi embora cedo demais, mas vai continuar brilhando em nossos corações", lamenta.

Golfinho Estrela era monitorado desde 2012 e foi encontrado morto em SC — Foto: Toninhas do Brasil/ Divulgação

Morte

O animal foi registrado pela primeira vez ao lado da mãe, em dezembro de 2012, quando ainda era filhote e fazia parte da população residente da Baía Babitonga. O corpo foi encontrado por pescadores em 29 de junho, na Praia do Lixo.

Eles levaram o animal até as margens e acionaram a equipe local do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Devido ao estágio avançado de decomposição da carcaça, não foi possível determinar a causa da morte.

Segundo Paitach, a equipe confirmou que se tratava de Estrela por causa das marcas na nadadeira dorsal do animal.

A espécie ocorre apenas na costa brasileira, no Uruguai e na Argentina.

Toninha foi encontrada sem vida em praia de SC — Foto: PMP-BS/ Divulgação

A espécie

De acordo com o Toninhas do Brasil, a espécie vive em áreas próximas à costa, onde é intensa a atividade humana, e ocorrem principalmente em regiões com no máximo 50 metros de profundidade. É um dos pequenos cetáceos mais ameaçados do mundo, conforme o projeto.

Em um ambiente conservado, livre de ameaças, podem viver mais de 20 anos, mas tem apenas um filhote a cada dois anos ou três anos.

A principal ameaça à espécie é a captura acidental em redes de pesca.

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