Por John Pacheco, Kassia Salles, g1 SC e NSC


Porto de Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina — Foto: Luciano Sens/Porto de Itajaí

Itajaí, a cidade com o maior Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina, também foi o município do Brasil que mais arrecadou com importações em 2023, com 13,1 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 64 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do Governo Federal, e foram compilados pela empresa Tek Trade, referência no setor de importação e exportação.

Superando grandes centros econômicos, a cidade do Litoral Norte se destaca pela localização estratégica, sendo cortada pela BR-101, além de estar mais próxima dos estados do Sudeste e de países do Mercosul.

Itajaí concentrou 5,4% de todas as importações brasileiras, com destaque para produtos químicos (19,2%), máquinas e aparelhos eletrônicos (17,7%), plásticos e derivados (16,3%).

Mais da metade das mercadorias recebidas na cidade catarinense vieram da Ásia (50,48%), seguida por Europa (19,80%) e América do Sul (17,29%).

Outra cidade catarinense, Joinville, que detém o segundo maior PIB de Santa Catarina, fechou 2023 na sétima posição entre os maiores importadores. Confira o top 10:

  • Itajaí (SC): US$ 13.150.114.858
  • Manaus (AM): US$ 12.550.959.863
  • São Paulo (SP): US$8.448.290.747
  • Rio de Janeiro (RJ): US$ 7.098.696.464
  • Petrópolis (RJ): US$ 6.558.269.294
  • São Luís (MA): US$ 4.700.722.969
  • Joinville (SC): US$ 4.521.736.605
  • Curitiba (PR): US$ 4.140.515.502
  • Paulínia (SP): US$ 4.037.820.394
  • Duque de Caxias (RJ): USD 3.770.160.125

Itajaí no topo

Para Rogério Marin, CEO da Tek Trade e presidente do Sindicato das Empresas de Comércio Exterior do Estado de Santa Catarina (Sinditrade), a localização estratégica de Itajaí ajuda a explicar os números.

"Itajaí atrai um grande número de empresas de comércio exterior em função das excelentes condições logísticas do Estado, que conta com cinco portos marítimos, está localizado praticamente no centro do Mercosul, conta com mão de obra qualificada e desfruta de uma parceria entre governo e empresas privadas sem paralelo no Brasil", justifica.

O administrador ainda reforça que os números poderiam ser maiores em função do Porto de Itajaí estar com atividades sem operação há quase oito meses.

"Caso o porto tivesse operado normalmente, a tendência é de que Itajaí teria atingido percentual ainda mais expressivo no ranking de cidades importadoras do país", acredita Marin.

Após 2 meses de contrato assinado, ainda não há previsão de trabalhos no Porto de Itajaí

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