Porto de Itajaí está sem perspectiva de operação dos dois principais berços
Nenhuma empresa apresentou proposta para a licitação que prevê o contrato temporário de arrendamento dos dois principais berços de atracação de navios do Porto de Itajaí, um dos mais importantes da Região Sul, localizado no Litoral de Santa Catarina.
A estrutura, que tem contrato firmado até sexta-feira (30) com a empresa APM Terminals, enfrenta uma crise por conta da incerteza de novas operações.
Nesta segunda-feira (26), representantes públicos e econômicos discutem o tema. Entre as propostas apresentadas está uma licitação provisória para definir uma nova empresa para operar por 24 meses ou seguir direto para a licitação definitiva.
O martelo deve ser batido em uma reunião em Brasília nesta terça-feira (27) com a presença do novo superintendente do Porto de Itajaí, o vice-prefeito da cidade Marcelo Sodré.
Falta de propostas
Na quarta-feira (21), a administração do porto projetava a abertura das propostas sobre o edital do contrato temporário, por um período de seis meses, para ocupar o espaço deixado pela atual empresa. Com a licitação deserta, os administradores discutem outras soluções.
Procurada no início do mês pela reportagem, a APM Terminals disse que "a partir do dia primeiro de julho de 2023, uma transição administrativa e operacional se iniciará com o novo arrendatário da área, a ser definido pela Autoridade Portuária de Itajaí em um novo processo".
Prejuízos
Desde janeiro, houve queda de 95% na movimentação dos berços de atracação por causa de indefinições no modelo que seria adotado a partir deste ano no terminal portuário.
O impacto mais imediato dessa queda na movimentação é para os trabalhadores avulsos, como os estivadores, que só recebem por trabalho executado.
São mais de 400 trabalhadores avulsos no Porto de Itajaí. Eles são vinculados ao OGMO, o órgão gestor de mão de obra, e são chamados quando necessário. Sem navios, eles ficam sem trabalho e renda.
O Porto de Itajaí é responsável por grande parte do desenvolvimento econômico da cidade. Empresas de logística, de exportação, entre outras, estão na cidade por causa do terminal.
Falta de contêineres evidencia problemas na movimentação do Porto de Itajaí — Foto: Reprodução/NSC TV
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