Alunos, ténicos e professores ocupam auditório da UFSC
Uma assembleia geral convocada pelo Conselho Universitário (CUn), na segunda-feira (2), indicou pela rejeição para adesão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ao "Future-se" do Ministério da Educação (MEC). A decisão final sobre integrar ao programa será tomada em nova reunião nesta terça-feira (3).
Conforme a UFSC, quatro mil pessoas participaram da assembleia na universidade, que ocorreu no Auditório Garapuvu e a área em frente ao Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancelier de Olivo, em Florianópolis. Estudantes, técnicos-administrativos e docentes fizeram parte da votação, que rejeitou por unanimidade a proposta.
Em nota, o reitor, Ubaldo Balthazar, disse que a sessão pública vai analisar e levar em consideração a opinião dos estudantes. A nova reunião começa às 14h desta terça, também convocada pelo CUn.
Outras deliberações
A universidade ainda deliberou por emitir um posicionamento à UFFS, em nota oficial, contra a nomeação do o terceiro colocado dos votos para reitor da universidade. O professor Marcelo Recktenvald, de 44 anos, foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta.
A realização do Vestibular 2020 foi discutida, e ainda será será deliberado se o concurso será suspenso. O lançamento do edital estava previsto para esta quinta (5).
A assembleia aprovou ainda o estado de greve, mas sem ocupação dos prédios da UFSC.
O que é o Future-se?
O programa foi lançado em meados de julho. A proposta inicial prevê que as instituições poderão fazer parcerias público-privadas (PPP's), ceder prédios, criar fundos com doações e até vender nomes de campi e edifícios, como em estádios, entre outros pontos. A adesão é voluntária, mas as universidades que aderirem ao programa terão que cumpri-lo integralmente – e serão cobradas se não implementarem pontos específicos.
O MEC afirma que o programa pode atrair cerca de R$ 100 bilhões às universidades. Segundo o ministério, os recursos virão da União, de fundos constitucionais, de leis de incentivos fiscais e depósitos à vista, de recursos da cultura e de fundos patrimoniais.
O lançamento ocorre em meio ao contingenciamento de verbas das universidades, anunciado no fim de abril pelo governo. De acordo com a associação que representa os reitores das universidades federais, a Andifes, a medida atinge de 15% a 54% dos recursos que podem ser cortados das universidades federais.
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