Manancial que abastece Chapecó está seco — Foto: Andrielli Zambonin, NSC TV
A prefeitura de Chapecó, no Oeste catarinense, decretou situação de emergência por causa dos impactos da estiagem nesta quinta-feira (17). O fornecimento de água está sendo feito em dias alternados em 26 dos 50 bairros que há no município. O índice representa 52% da cidade.
Segundo a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), a alternância deve acontecer até o dia 28 de fevereiro. Após mais de 20 dias sem chuva, o manancial Lajeado São José, que abastece o município, está seco e a solução emergencial encontrada pela Casan foi de captar água do Rio Uruguai, na divisa com o Rio Grande do Sul, em 20 caminhões-pipa.
Nesta manhã de quinta, o prefeito João Rodrigues (PSD) propôs um termo de compromisso à Casan) para solucionar o problema. Entre os compromissos apresentados pelo Município e assumidos pela Companhia estão a perfuração de poços artesianos e a captação de água bruta em reservatórios.
Além disso, a companhia se comprometeu a disponibilizar, em até cinco dias, 10 caminhões para transporte de água potável para atender estabelecimentos como restaurantes, bares, hoteis, escolas.
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A proposta apresentada pela prefeitura de Chapecó foi anunciada durante coletiva nesta quinta Segundo o prefeito, caso a empresa não cumprir com os pedidos há chance de rompimento do contrato.
"Ou nós municipalizamos [o abastecimento de água] ou a Casan atende os pleitos que a partir de hoje serão apontados pela prefeitura", afirmou o prefeito.
Em resposta, a presidente da Casan, Roberta Maas, afirmou que as ações devem ser rápidas e severas para que a água chegue ao município. Segundo ela, a seca que atinge a cidade é a pior desde a década de 40.
"Realmente é um momento bem difícil não só para o município, mas para a região como um todo", afirmou.
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