Anderson Leonardo, do Molejo — Foto: Reprodução/YouTube/Rocinha Cast
O câncer na região inguinal, que levou à morte o cantor e compositor Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, é considerado um tipo raro que afeta a região da virilha.
O artista, que tinha 51 anos e estava internado em estado grave em um hospital no Rio de Janeiro, morreu nesta sexta-feira (26). Ele foi diagnosticado com a doença em 2022 e, desde então, passou por várias internações.
O que é câncer inguinal?
O câncer inguinal atinge a região da virilha e pode ser causado por uma metástase (quando a doença se espalha para outras partes) de outros cânceres, como câncer de próstata, câncer de bexiga, câncer de pênis, câncer de testículo, câncer colorretal, câncer de útero, câncer de vagina ou melanoma.
O médico oncologista Denis Jardim, membro do Comitê de Tumores Geniturinários da SBOC, explica que, na verdade, a região inguinal é uma definição anatômica e ocupa a parte popularmente conhecida como virilha, em que estão algumas estruturas importantes, como pele, tendões e linfonodos (onde frequentemente ocorre a maioria dos tumores dessa região).
Zequi ressalta que "quase nunca um câncer nasce na região inguinal". "É uma neoplasia que pode ter nos membros inferiores, na pele, nas pernas, pés, por exemplo, e também na região genital, tanto masculina quanto feminina, como tumores de vulva (na mulher) e tumores do pênis e da uretra (no homem)", diz.
Sintomas do câncer inguinal
Os principais sintomas são um aumento e uma percepção de um nódulo na região e também a dor local, de acordo com o oncologista Denis Jardim. Em alguns casos, o nódulo pode ser doloroso e até gerar sangramentos e infecções secundárias.
Em resumo, os sintomas mais comuns são:
- Nódulo na região inguinal;
- Dor local;
- Sangramentos do nódulo e infecções secundárias;
- Sintomas gerais, como febre, perda de apetite e perda de peso não justificada.
Diagnóstico e tratamento do câncer inguinal
O diagnóstico do câncer inguinal é feito normalmente através de biópsia, quando se coleta uma amostra da lesão usando uma agulha grossa ou por meio de uma incisão cirúrgica. O material é enviado para o laboratório identificar justamente o tipo de câncer que causou aquele nódulo.
O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer diagnosticado, que pode incluir cirurgia, acompanhada ou não de radioterapia, e, em alguns casos, quimioterapia.
Ele acrescenta ainda que também o tratamento depende se o tumor estiver avançado, da sensibilidade do tumor ao tratamento e da possibilidade de remover ou não o tumor.
"Se o tumor foi pequeno, de grau baixo, a chance de cura é maior. Se o tumor inicial for de maior agressividade, as taxas de cura reduzem. O prognóstico e a chance de cura vão depender de diversas variáveis", afirma.