Varíola dos macacos: veja o que se sabe sobre a vacinação
O Ministério da Saúde publicou na segunda-feira (1º) uma nota técnica com novas recomendações para as grávidas, as mulheres que acabaram de dar à luz e as que estão amamentando para prevenir a varíola dos macacos (monkeypox). Entre as orientações estão o uso de máscaras e o uso de preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal).
A pasta também alerta que este grupo deve procurar atendimento médico caso apresente algum sintoma suspeito. Veja as orientações do ministério:
- Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus;
- Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);
- Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
- Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;
- Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.
A nota técnica também traz recomendações para o tratamento da monkeypox. Se a grávida estiver assintomática após exposição ao vírus e o teste der negativo, o monitoramento é suspenso. Caso o teste dê positivo, deve ser feito um isolamento domiciliar por 21 dias.
Já para gestantes com sinais ou sintomas suspeitos da doença, em caso de teste negativo, o indicado é o isolamento domiciliar por 21 dias. Já no teste positivo, a indicação é a hospitalização da gestante nos casos moderados, graves e críticos.
A pasta reforça que ainda "não há protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal-puerperal".
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O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. A varíola humana, no entanto, foi erradicada do mundo em 1980, e era muito mais letal.
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama, independentemente da orientação sexual de quem está infectado.
A doença costuma causar os seguintes sintomas iniciais:
- febre
- dor de cabeça
- dores musculares
- dor nas costas
- gânglios (linfonodos) inchados
- calafrios
- exaustão
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
Nos últimos tempos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de letalidade da varíola dos macacos foi de cerca de 3% a 6%; para a varíola humana maior, já erradicada, esse percentual chegava a 30%.