Por Paloma Rodrigues e Mariana Garcia, TV Globo e g1


  • Vacina bivalente protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron.

  • Grupos mais expostos ao risco da doença e que foram vacinados com ao menos duas doses da vacina monovalente receberão esta nova versão primeiro.

  • Pessoas que só receberam uma dose da vacina monovalente terão que se vacinar com a segunda dose antes de tomar a bivalente.

  • Governo prepara campanha para estimular a vacinação contra a Covid-19.

Vacina bivalente da Pfizer — Foto: Eric Gaillard/Reuters

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (26) o plano de vacinação contra Covid-19 para 2023. Na primeira etapa, que começará em 27 de fevereiro, as pessoas serão vacinadas com o reforço do imunizante bivalente da Pfizer.

A pasta anunciou que grupos mais expostos ao risco da doença e que foram vacinados com ao menos duas doses da vacina monovalente receberão a bivalente.

Esta vacina é uma atualização em relação aos primeiros imunizantes fabricados contra a Covid-19 e protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron.

Na primeira etapa, os grupos serão vacinados na seguinte ordem:

  • Fase 1: Pessoas com 70 anos ou mais, moradores de instituições de longa permanência (ILP), imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
  • Fase 2: 60 a 69 anos;
  • Fase 3: Gestantes e puérperas;
  • Fase 4: Profissionais da saúde.

A meta é vacinar 90% da população alvo.

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Esquema vacinal

A ideia é dar a bivalente para quem já tem pelo menos duas doses, segundo Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreviníveis. Ou seja, quem só tomou uma dose até agora, vai ter que tomar ainda a segunda dose da primeira versão da vacina para estar apto a tomar a bivalente.

Abaixo, confira o esquema vacinal recomendado:

Plano nacional de vacinação contra Covid-19 2023 — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Demais grupos

Além dos grupos prioritários, o ministério também quer intensificar a campanha com a vacina monovalente para os maiores de 12 anos. A ideia é aumentar a cobertura vacinal nesses outros públicos. A recomendação é:

  • Uma dose de reforço para quem tem até 40 anos.
  • Duas doses de reforço para quem tem mais de 40 anos.

A Pfizer, assim como a Anvisa, reforça que a vacina monovalente original continua sendo importante instrumento no combate à Covid-19.

  • 8,5 milhões de doses da Pfizer baby;
  • 9,2 milhões de doses da Pfizer pediátrica;
  • 2,6 milhões de doses da CoronaVac (no total – já foram entregues 750 mil).

Segundo Gatti, o objetivo é distribuir os imunizantes para o público infantil no início de fevereiro.

"Com relação à CoronaVac, o governo passado tinha fechado as tratativas de compra, mas entendendo que precisamos vacinar as crianças, compramos todo o estoque do Butantan para garantir a vacinação e estamos em tratativa para o fornecimento de mais vacinas."

Frasco da Pfizer baby, aplicada em bebês e crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses — Foto: Adilson Silveira/Prefeitura de Limeira

Campanha de informação

O anúncio do programa de vacinação de 2023 foi feito durante reunião tripartite do SUS, com a presença de representantes do Ministério da Saúde e secretários estaduais e municipais da Saúde.

Estou muito confiante nessa campanha de vacinação, mas sei que ela é muito complexa. Vamos trabalhar para reduzir os gargalos todos. A resposta não será única. O Brasil é muito complexo. Alguns municípios avançaram bem, outros, não. Vamos avançar nesse diagnóstico.
— Nísia Trindade, ministra da Saúde

O ministério realizará ainda em fevereiro uma campanha de informação nos meios de comunicação que buscará falar da importância da vacinação contra a Covid e das doses de reforço.

Na reunião, a pasta informou que as prioridades neste ano do departamento de imunizações em relação à Covid-19 serão:

  • Intensificação da vacinação (esquema básico e reforços);
  • Regularização dos estoques de vacinas Covid-19 para crianças; e
  • Reforço com bivalente para grupos prioritários.

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