29/01/2015 19h20 - Atualizado em 30/01/2015 11h22

Oito estudantes da PUC Sorocaba depõem na 'CPI dos Trotes' na Alesp

Três deles são integrantes da atual diretoria do Centro Acadêmico do local.
Instituição de ensino emitiu nova nota que repudia violência em 'brincadeira'.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

Estudantes da PUC em Sorocaba depõem na CPI dos Trotes na Alesp nesta quinta (29) (Foto: Ricardo Kobayaski/divulgação)Alunos da PUC Sorocaba depõem na CPI dos Trotes nesta quinta (29) (Foto: Ricardo Kobayaski/divulgação)

Oito estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, campus em Sorocaba (SP), deram depoimentos na tarde desta quinta-feira (29) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Trotes Universitários na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Três deles são integrantes da diretoria do Centro Acadêmico (C.A) da instituição de ensino. As denúncias apontam que alunos seriam obrigados a ingerir fezes e vômitos nas "brincadeiras". 

Na semana passada, um dos criadores do Grupo de Apoio ao Primeiro-anista (GAP), Rodolfo Furlan, que está atualmente nos Estados Unidos, prestou depoimento à CPI  por meio de videoconferência. Segundo a Assembleia Legislativa, ele confirmou todo o conteúdo do relatório.

O vice-reitor da universidade, José Eduardo Martinez, também participou do encontro na tarde desta quinta-feira em reunião na Alesp. O presidente da CPI, o deputado estadual Adriano Diogo (PT), afirmou que Damiano tem sofrido represálias em razão da formalização das denúncias. Ele ainda explicou que os outros estudantes do campus se encorajaram a contar suas versões sobre os trotes.

O atual presidente do Centro Acadêmico Vital Brazil, do campus da PUC Sorocaba, Rafael de Madureira Ribas Costa, 22 anos, disse nesta quinta-feira que o centro acadêmico nunca teve conhecimento sobre o teor das denúncias. "Os alunos nos disseram que, no passado, não se sentiam acolhidos pelo CA. Eu achei isso preocupante." O estudante assumiu a presidência do local em agosto de 2014.

Nota da PUC
A PUC-SP informou, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa nesta quinta, que a faculdade repudia a violência no trote e que, nos últimos dois anos (2013 e 2014), não recebeu nenhuma denúncia dessa natureza. A assessoria informou que todas as acusações anteriores foram apuradas e as devidas providências foram tomadas, inclusive com a expulsão de alunos que comprovadamente agiram de forma irresponsável.

A universidade reitera ainda que irá reportar eventuais abusos e as ações programadas pela PUC-SP para a chegada dos novos alunos em 2015, "conforme ofício do deputado Adriano Diogo, presidente da CPI, datado de 7 de janeiro de 2015". Ainda segundo a nota, o trote é proibido dentro do campus, inclusive a venda do “kit bixo”.

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