A polícia investiga a falsificação de diplomas da Faculdade Santa Izildinha, na Zona Leste de São Paulo. Cerca de 50 alunos já denunciaram que se formaram, mas o diploma não vale para arranjar um emprego ou prestar um concurso, como mostrou o SPTV.
O Ministério da Educação informou que se ficar constatado que a fraude foi feita pela faculdade, a instituição pode ser descredenciada do sistema federal de ensino.
As faculdades precisam registrar e validar os diplomas dos alunos em uma universidade. A Universidade de São Paulo (USP) é a responsável por validar os diplomas da Faculdade Santa Izildinha. No entanto, no diploma desses 50 universitários, tanto a validade da USP quanto a assinatura do diretor da Santa Izildinha eram falsificadas.
Formada pela Faculdade Santa Izildinha, Liliane é professora temporária em uma escola estadual. A jovem passou em dois concursos públicos e, em breve, será chamada para apresentar os documentos. Ela ligou para a USP e descobriu que o diploma que recebeu não é válido. Após descobrir que o registro do diploma não existe, a jovem procurou a polícia. Agora, ela teme perder a vaga por não ter o documento.
A polícia já investigava a fraude desde abril. Um ex-diretor, que deixou a faculdade em 2013, disse à polícia que o nome dele aparece em vários diplomas. Porém, ele afirma que não assinou.
O carimbo no verso, que deveria ser da USP, também foi falsificado. Os números de registros dos estudantes não existem ou pertencem a alunos formados em outras universidades.
O delegado Vanderlei Aparecido Cavalcante disse que a polícia suspeita que a falsificação tenha sido feita por uma funcionária. Se comprovado o crime, ela pode responder por falsidade ideológica e falsificação de documentos. O delegado afirmou que o envolvimento da faculdade deve ficar provado no fim do inquérito.
Por causa do desespero dos estudantes, a polícia pediu informações à USP. A resposta é que todos que concluíram o curso de 2013 até agora estão formados, porém terão de esperar a emissão de diplomas que sejam reconhecida pelo Ministério da Educação.
A Faculdade Santa Izildinha informou que abriu uma sindicância interna para apurar o caso e que já se reuniu com a USP. Disse ainda que a partir de segunda-feira (27) começará a entregar aos alunos os diplomas verdadeiros.