Cheio do Guaíba atinge o Gasômetro — Foto: Reprodução/ RBS TV
O Guaíba atingiu, por volta das 21h desta sexta-feira (3), o maior nível de sua história ao chegar a 4,77 metros. Segundo a Defesa Civil municipal, essa medição realizada no Gasômetro ultrapassou a cheia histórica de 1941, que foi de 4,76 metros.
No início da madrugada de sábado (4), o valor máximo chegou a 4,79 metros na medição feita pela prefeitura no Cais Mauá e passou para 4,82 por volta de 1h. Na medição feita no Gasômetro, o nível atingiu 4,88 metros nos primeiros minutos do dia. Já por volta das 8h30, ultrapassou os 5 metros.
Os temporais já deixaram mais de 50 mortos. A Defesa Civil soma 32.248 pessoas fora de casa, sendo 8.168 pessoas em abrigos e 24.080 desalojadas, na casa de familiares ou amigos. Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 mil pessoas.
Porto Alegre sofre com cheia do Guaíba; água continua invadindo as ruas
Antes do recorde, o nível registrado no início da noite era de 4,64 metros . A medição foi feita pela Prefeitura de Porto Alegre. A estação hidrometeorológica instalada no Cais Mauá chegou a apresentar problemas, impedindo a medição do nível da água.
Guaíba registra maior cheia da história de Porto Alegre — Foto: g1
Por causa da cheia, uma das comportas do sistema de proteção contra cheias se rompeu com a força das águas. Mais cedo, a Defesa Civil emitiu alerta para inundação extrema na área, e pediu que a população evite todas regiões próximas ao Guaíba e locais de risco.
A "orientação expressa" da Defesa Civil do Estado é foi para que "os moradores, comerciantes e trabalhadores de regiões próximas às ruas Siqueira Campos, Sete de Setembro, Rua dos Andradas (rua da Praia), avenida Júlio de Castilhos e arredores evacuem imediatamente essas áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do Guaíba. Quem não tiver para onde ir, deve buscar informações junto à Defesa Civil de Porto Alegre sobre os abrigos públicos disponibilizados, rotas de fuga e pontos de segurança.
Na quinta (2), o governador Eduardo Leite (PSDB) se referiu à tragédia como "o maior desastre climático" da história do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade, já reconhecido pelo governo federal.
As chuvas fortes que caem no Rio Grande do Sul desde o fim de semana devem persistir por mais dias e há previsão de mais chuva ao longo do mês.