Por Gustavo Foster, g1 RS


Quarta Colônia e Caçapava do Sul são reconhecidos pela Unesco como geoparques mundiais

Quarta Colônia e Caçapava do Sul são reconhecidos pela Unesco como geoparques mundiais

O Rio Grande do Sul teve dois geoparques reconhecidos pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) na manhã desta quarta-feira (24). O anúncio foi feito durante a 216º sessão do conselho executivo, que ocorre em Paris, na França. Com a aprovação, o RS se tornou o estado brasileiro com mais iniciativas do tipo reconhecidas pelo órgão internacional.

Foram homologados pela Unesco como geoparques mundiais os geoparques da Quarta Colônia, que abrange nove municípios da Região Central do estado, e de Caçapava do Sul, na mesma região. Conheça melhor os dois geoparques abaixo.

Quarta Colônia e Caçapava do Sul são reconhecidos pela Unesco como geoparques mundiais — Foto: Setur-RS e UFSM/Divulgação

Até o anúncio desta quarta, havia no Brasil três territórios classificados dessa forma pela Unesco: Caminhos dos Cânions do Sul (que abrange territórios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e Seridó (no Rio Grande do Norte), ambos homologados em 2022, além de Araripe (que engloba municípios de Ceará, Pernambuco e Piauí), reconhecido em 2006.

A certificação demonstra a presença de espaços com diversidade de opções de turismo, que servem como alternativa para o desenvolvimento dos municípios.

De acordo com a Unesco, os geoparques mundiais são áreas geográficas unificadas, onde sítios e paisagens de relevância geológica internacional são administrados com base em um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável, combinando conservação com desenvolvimento sustentável e envolvendo as comunidades locais.

Geoparque Quarta Colônia

Geoparque Quarta Colônia, em região composta por nove municípios no RS — Foto: Divulgação/Setur-RS

Localizado na região central do Rio Grande do Sul, o Geoparque Quarta Colônia abrange um território composto por nove municípios, sendo eles: Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande, Restinga Seca, São João do Polesine e Silveira Martins.

O local é marcado pela beleza natural, por ser repleto de rios e cascatas. Nessa área, também estão fósseis de dinossauros com mais de 230 milhões de anos.

Uma iniciativa conjunta entre a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (Condesus Quarta Colônia) buscou a homologação junto à Unesco do local como geoparque mundial. Com isso, avaliam que podem ser aplicadas na região ações que promovam turismo sustentável e proporcionem novas alternativas para a economia regional, por meio da conservação do patrimônio natural e cultural, da educação ambiental, do turismo local e do incentivo à geração de renda através de iniciativas privadas.

Geoparque Caçapava do Sul

Geoparque de Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul — Foto: Divulgação/UFSM

A região de Caçapava do Sul apresenta sucessões de rochas sedimentares marinhas e continentais de mais de 500 milhões de anos. São áreas que, além da beleza, têm alta relevância ecológica, como as Pedras das Guaritas e a Serra do Segredo. Ainda há no local fósseis de animais extintos da megafauna, como as preguiças-gigantes.

Também são relevantes no local as espécies vegetais raras e endêmicas do bioma pampa e as comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas e pecuaristas familiares.

Caçapava do Sul busca o título de Geoparque

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