Vírus Monkeypox visto usando microscopia — Foto: Getty Images/Via BBC
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) confirmou, nesta quarta-feira (31), que o Rio Grande do Sul chegou 98 casos de varíola dos macacos (monkeypox). Há uma semana, eram 71. Em Porto Alegre, o total de casos da doença chegou a 50.
Já o número de casos suspeitos em investigação é de 324. Os casos estão distribuídos em 25 municípios gaúchos (veja a lista abaixo). As cidades que aparecem pela primeira vez na lista são Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Farroupilha, na Serra, e Santa Maria, na Região Central.
A cidade que reúne o maior número de pessoas infectadas é Porto Alegre, com 50 casos confirmados, 21 a mais do que há sete dias. Canoas é a segunda, com oito.
No dia 18 de agosto, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou a transmissão comunitária da monkeypox no Rio Grande do Sul. Essa condição é estabelecida quando não é possível identificar a origem da infecção. Porto Alegre já havia declarado esse tipo de transmissão da doença no dia 12 de agosto.
Casos de varíola dos macacos por cidade:
- Alvorada: 1
- Campinas do Sul : 1
- Campo Bom: 2
- Canoas: 8
- Carlos Barbosa: 1
- Caxias do Sul: 4
- Dois Irmãos: 1
- Esteio: 1
- Farroupilha: 1
- Garibaldi: 3
- Gramado: 3
- Igrejinha: 3
- Marau: 1
- Monte Belo do Sul: 1
- Novo Hamburgo: 4
- Parobé: 1
- Passo Fundo: 1
- Porto Alegre: 50
- Santa Maria: 1
- Santo Ângelo: 1
- São Leopoldo: 1
- São Marcos: 1
- Sapiranga: 1
- Uruguaiana: 2
- Viamão: 5
Doença
O diagnóstico para o monkeypox é feito por um teste do tipo PCR seguido de sequenciamento viral. O quadro clínico do atual surto é caracterizado por sintomas de erupções cutâneas localizadas, por vezes em apenas uma parte do corpo. O contágio acontece pelo contato direto com as lesões da pele ou com objetos contaminados.
A transmissão também pode ocorrer por gotículas respiratórias em contatos próximos.
Por isso, casos suspeitos devem passar pelo processo de isolamento, teste laboratorial e notificação às autoridades competentes. Na ausência de complicações ou fatores de risco (como imunossupressão ou gravidez), o isolamento pode ser cumprido em domicílio. A duração deve ser até a queda das crostas da pele e cicatrização das lesões.
Durante esse período, a vigilância do município permanece em contato com a pessoa para o monitoramento. Profissionais da Atenção Básica podem contar com o suporte do Telessaúde-RS para orientações e discussão dos casos.