A plantação de canola, típica da Região Sul do país, tem ganhado cada vez espaço nas lavouras do Rio Grande do Sul. Do último ano para cá, a área dedicada ao cultivo do grão no estado cresceu 4%, aumentando o espaço para 38 mil hectares.
A cultura atrai os agricultores pelo baixo preço de produção e pelo mercado garantido. Somente na região de Santa Rosa, no Noroeste gaúcho, são quase dez mil hectares cultivados. Enquanto isso, o trigo vem perdendo espaço.
Atualmente, um hectare de canola custa, em média, R$ 1 mil, enquanto que a mesma área de trigo está custando cerca de R$ 1,5 mil. Além de ser uma alternativa econômica, o cultivo do grão ainda diminui a ocorrência de doenças e pragas em outras plantações de inverno.
colheita (Foto: Reprodução/RBS TV)
"Apostamos este ano na canola para a rotação de cultura. Temos expectativa no preço melhor do que o trigo. O preço é comparado ao da soja", explica o agricultor Jairo Müller.
Nesta época do ano, a plantação de canola está na fase de abertura. Quando o amarelo toma conta das lavouras, é sinal de que o grão está quase alcançando a fase da colheita - o que ocorre em setembro. Esta safra deve render para o estado 55 mil toneladas de canola.
"A canola tem uma certa liquidez. Então, isso beneficia o produtor na tomada de decisão. Ela é alternativa importante no inverno como cultura comercial", orienta o engenheiro agrônomo João Becker.
Além das vantagens para o produtor, o grão também oferece benefícios a quem consome o óleo extraído, que pode ser encontrado no supermercado. "Esse óleo contém ômega 3, que é responsável pela formação e manutenção das células cardiovasculares e cerebrais, e também a vitamina E, que combate os radicais livres", recomenda a tecnóloga de alimentos Eliane Schmidt.