11/09/2014 22h52 - Atualizado em 11/09/2014 22h55

Alunos da Urcamp protestam contra desapropriação de prédio no RS

Decreto da Prefeitura de São Gabriel desapropriou prédio do campus 3.
Direção da universidade diz que vai tentar impugnar decreto do Executivo.

Do G1 RS

Estudantes da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) protestaram nesta quinta-feira (11) contra a desocupação do prédio do campus 3 em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. A desapropriação foi decretada pela prefeitura do município, que pretende construir um centro de eventos e uma nova sede para a Câmara de Vereadores no local, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).

Nesta quinta, estudantes foram até o Executivo cobrar explicações do prefeito. “A construção do centro de eventos é para uma capacidade de 1,5 mil a 1,8mil pessoas. Isso daria quase todo o espaço físico que a Urcamp tem lá hoje no campus 3”, diz o representante dos estudantes, Marlon de Campos. 

Segundo prefeito Roque Montagner (PT), a desapropriação não vai prejudicar o andamento dos cursos sediados no prédio. “Esses cursos, os três campi podem atender sem inviabilizar qualquer curso”, afirma. A prefeitura ainda diz que a desapropriação servirá para abrigar a nova Câmara de Vereadores. “Ela precisa crescer e nós precisamos de um espaço mais acessível”, complementa Montagner.

Os vereadores, porém, dizem que não concordam com a decisão. “É consenso que a maioria dos vereadores é contra qualquer desapropriação, principalmente de uma escola”, diz o presidente da Câmara de Vereadores de São Gabriel, Marcos Paulo Vieira (PSDB).

Após emitir o decreto, a prefeitura tem até cinco anos para desapropriar o prédio, que hoje recebe 220 estudantes dos cursos de educação física, técnico em enfermagem e ensino médio. A universidade diz que vai recorrer da decisão. “Nossa procuradoria jurídica em Bagé está fazendo as tratativas, juntando a documentação. A gente vai trabalhar para a impugnação desse decreto”, diz o pró-reitor do campus, Júlio Otaran.

A Urcamp é uma universidade particular. Por causa de dívidas, em 2012 a universidade aceitou que o município se apropriasse dos prédios para que não fossem leiloados. Mas hoje a direção afirma que a dívida foi negociada e que não tinha conhecimento do decreto da prefeitura.

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