Pescador se assusta ao fisgar peixe 'pela metade' no rio Madeira em Porto Velho
O pescador João Cordeiro jogou a linha com isca no rio Madeira e esperou alguns minutos. Quando puxou de volta, encontrou o que não esperava. No anzol havia um peixe ‘pela metade’. A pescaria aconteceu no rio Madeira, em Porto Velho, e viralizou no fim de semana após o vídeo ser postado nas redes sociais (assista acima).
João é oficial do Bombeiro Militar de Rondônia, além de piloto de avião e helicóptero. Nas horas vagas ele se aventura praticando pesca esportiva por rios da região.
Ao g1, ele contou que quando viu o estado do peixe pela metade ficou assustado, imaginando o que poderia ter feito aquilo em tão pouco tempo. A principal teoria é que o candiru — o ‘peixe-vampiro’ da Amazônia — tenha comido o barba chata.
“Eu me assustei. Já pesco no madeira a anos, mas essa situação foi a primeira. Já vi candiru vindo junto com o peixe, mas dessa forma foi a primeira vez”, comentou.
Pescador se assusta ao fisgar peixe pela metade em Porto Velho — Foto: Reprodução/Instagram/João Cordeiro
A intenção do pescador era fisgar uma pirarara, por isso ele estava utilizando um mandi [espécie de peixe bagre] como isca.
Ele disse que sentiu uma puxada leve no anzol e deixou por alguns momentos, quando sentiu uma puxada mais forte, recolheu a linha e deu de cara com um ‘barba chata’ destroçado.
João acredita que o peixe tentou comer a isca e ficou preso no anzol. Sem que ele percebesse, no momento em que o animal era atacado pelos candirus, outro animal tentou pegar o peixe ‘destroçado’ e provavelmente, foi neste momento em que João sentiu a puxada mais forte.
O g1 consultou o biólogo Flávio Terassini e ele também acredita que o ataque ao barba chata foi causado por peixes pequenos, como um cardume de candiru.
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Peixe foi atacado por candirus no momento em que foi fisgado no rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Reprodução/Instagram/João Cordeiro
O que é o candiru?
Também conhecido como ‘peixe-vampiro’, o candiru é bem comum em rios da Bacia Amazônica. Ele é bem pequeno, podendo chegar a 12 centímetros, com o corpo quase transparente e viscoso.
Algumas espécies do grupo se alimentam de sangue e outras são carnívoras, comendo outros peixes.