Baleias encalham em Pititinga
Pelo menos 21 baleias-piloto encalharam no município de Rio do Fogo, Litoral Norte potiguar, na manhã desta sexta-feira (31). A informação foi confirmada por Flávio Lima, coordenador do projeto Cetáceos da Costa Branca.
O número ao final da manhã informado pelo projeto era de 19 baleias-piloto, dado que foi atualizado durante a tarde.
Uma das baleias-piloto foi encontrada morta na areia após encalhar na praia de Zumbi, em Rio do Fogo. As outras 20 que encalharam foram encontradas, vivas, na praia de Pititinga, no mesmo município.
A instituição foi acionada por volta das 6h30 por moradores e pescadores da região. Uma equipe de cinco biólogos e médicos-veterinários foi enviada ao local para realizar a avaliação inicial da situação.
Os animais encalharam na área rasa da praia.
"É um encalhe com nível de complexidade alto, pela quantidade de animais e por estarem desorientados. A equipe deve fazer uma avaliação inicial e na sequência enviaremos equipes de suporte", afirmou Flávio Lima.
"O objetivo é tentar devolver esses animais à praia. Caso retornem, vamos precisar do atendimento médico-veterinário para estabilizar esse animal e devolvê-lo à natureza", completou.
Os animais são da espécie conhecida como baleia-piloto de nadadeiras longas. "Na verdade são golfinhos de grande porte que são conhecidos popularmente como baleias", disse o professor. Outro exemplo é o das orcas, normalmente chamadas de baleias, mas que são uma espécie de golfinho.
Pelo menos 21 baleias encalham em praia do Litoral Norte potiguar — Foto: Reprodução
Ainda de acordo com o coordenador do projeto, ligado à Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), a equipe também deverá contar com o apoio da comunidade local de Pititinga na devolução dos animais ao mar.
O projeto também está em contato com a equipe de fauna do Ibama.
O professor explicou que o encalhe de grupos como esse pode ocorrer devido à desorientação de um ou mais líderes, causada por doenças, por exemplo. Embora os animais sejam comuns em águas profundas, no Rio Grande do Norte, raramente são vistos perto das praias.