Ao g1, Witzel promete novo bilhete único, banco de desenvolvimento do estado e usar recursos de hospitais particulares na saúde

Veja acima a íntegra da entrevista ou ouça abaixo o podcast.

O ex-governador prometeu criar um Bilhete Único da Região Metropolitana no valor de R$ 10 e um banco de desenvolvimento do estado e garantiu que vai conseguir retomar a relação com a Alerj, mesmo com uma votação expressiva de seu impeachment em 2020.

Aos 54 anos, o paulista de Jundiaí é casado e tem 4 filhos. Em 2018, deixou a carreira de juiz federal para se candidatar pela primeira vez a um cargo público, o de governador do estado do Rio de Janeiro. Posto para o qual foi eleito, governou o estado por menos de 2 anos, até ser afastado por acusações de corrupção durante a pandemia.

Apesar de negar todas as acusações, sofreu um impeachment e está inelegível por 5 anos, mas ainda tenta na Justiça recuperar os direitos políticos. O Tribunal Regional Eleitoral está analisando o caso após Witzel registrar a candidatura.

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Uma das propostas de Witzel é concessionar o transporte público na Região Metropolitana, usando uma Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para chamar empresas interessadas. Ele diz que vai criar um Bilhete Único específico para os municípios da região. Através do novo bilhete, segundo a proposta, o cidadão poderá se deslocar por um período ainda a ser definido, de 5 a 10 horas, gastando um valor de R$ 10.

"Esse bilhete único permite ir e voltar entre esses municípios em um determinado período de hora. Mas tudo isso vai ser modelado como eu fiz na [privatização] da Cedae. A Cedae é um processo complexo de modelagem que eu orientei", diz Witzel.

Quando sofreu o impeachment, Witzel sofreu uma derrota de 69 a 0 na votação da Alerj. O ex-governador afirma que, ainda assim, vai conseguir manter uma boa relação com a Casa.

"A maioria dos deputados já se arrependeu de ter votado o impeachment. Tanto que as minhas contas foram aprovadas por ampla maioria", disse ele.

"Eles viram que erraram. As minhas contas foram aprovadas na Alerj por maioria por mais de 45 votos, foram aprovados na Alerj, e muitos deputados já conversaram comigo que se arrependeram porque o estado saiu dos trilhos", acrescentou.

Na saúde, Witzel propôs um sistema de integração das redes públicas e privadas, compensando os hospitais particulares. "Nós vamos pegar a demanda excedente, ou seja, o espaço, na verdade, dos hospitais privados que estão vagos, e nós vamos contra atualizar isso através de um sistema de compensação, como existe na Inglaterra, então você vai unir o privado ao público. Eu vou fazer essa licitação no primeiro dia de janeiro de 2023, eu vou lançar também essa PMI que vai integrar privado e público junto", prometeu.

Para a habitação, o candidato prometeu criar o banco de desenvolvimento do estado, e vai captar no mercado financeiro recursos para a construção de habitações. "Queremos financiar [imóveis] em 50 anos para o servidor público e para as pessoas de uma maneira geral. Ainda que ele [o interessado] venha a falecer no decurso deste processo, os sucessores continuam pagando, ou o imóvel pode ser vendida", disse.

O g1 entrevista desde semana passada os candidatos para o governo do estado do Rio. Os que tiveram menos de 5% na pesquisa Ipec de 15 de agosto participam de entrevistas gravadas.

Todos os 6 candidatos foram entrevistados por 20 minutos, em gravações sem corte, exibidas até 5 de setembro.

A ordem de entrevistas foi definida em sorteio com representantes das candidaturas.

Todas as entrevistas ficarão disponíveis na íntegra, em vídeo e em áudio, como episódio especial do podcast Desenrola, Rio.