Por GloboNews


'No Céu da Pátria nesse instante' estreia no Festival do Rio — Foto: Reprodução/GloboNews

O documentário "No Céu da Pátria Nesse Instante", de Sandra Kogut, estreia no Festival do Rio na noite desta sexta-feira (4).

Por meio da história de personagens, a obra expõe a tensão política no Brasil da disputa eleitoral de 2022 que antecedeu a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF no dia 8 de janeiro de 2023.

"Eu tinha muito a sensação, naquela época, naquele momento, que a gente estava preso como se num eterno presente. Porque o escândalo, a notícia de hoje, era tão enorme que você esquecia da semana passada, e o escândalo da semana retrasada... E foi meio por isso que a eu quis fazer o filme", explicou Kogut no Estúdio i.

A sessão no Festival do Rio, com a presença da diretora, foi realizada no Estação Gávea 2 (Rua Marquês de São Vicente, 52).

"Eu pensava assim: 'Nossa, coitados dos professores de história do futuro, ter que explicar essa época'. Aí eu pensei: acho que a gente precisa registrar, fazer como um diário, para tentar achar um fio que ligue isso tudo, mas tinha muita consciência de que isso só viria com o processo."

Veja abaixo entrevista de Sandra Kogut no Estúdio i:

Documentário 'No Céu da Pátria nesse instante', de Sandra Kogut, estreia nesta sexta no Festival do Rio

Documentário 'No Céu da Pátria nesse instante', de Sandra Kogut, estreia nesta sexta no Festival do Rio

O filme foi produzido pela Ocean Films, Marola Filmes, Kiwi Filmes, em coprodução com Globo News, Globo Filmes e Canal Brasil e tem distribuição da O2 Play.

"Esse tipo de filme é um filme que você fazendo e vai repensando (...) Foi uma das coisas mais difíceis que eu já fiz. Porque tinha uma vontade de ouvir todos os lados e ao mesmo tempo em um momento de muita tensão, muita desconfiança, muito medo. Então, tinha que ficar constantemente inventando um jeito de fazer esse filme."

Ainda na programação do Festival do Rio, o filme será exibido também às19h Estação Net Rio, em Botafogo, neste sábado (5) - sessão que contará com um debate com Sandra Kogut. A obra vai rodar festivais no país até o fim do ano e, no dia 9 de janeiro 2025, voltará para as salas de cinema.

"O filme mostra essa tensão, esse ataque à democracia que não desapareceu. Continua ali. A gente está na véspera de uma eleição, então, a gente está pensando nisso e falando disso. É muito importante a gente aprender com o que a gente já viu. Eu percebo que quanto mais tempo passa e quanto mais coisa a gente fica sabendo, mais poderoso o filme fica, porque a gente vai se vestindo de informação", avalia a roteirista e diretora.

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