Força Aérea da Venezuela faz buscas com barcos e aviões por piloto brasileiro que sumiu há 12 dias
A Força Aérea da Venezuela faz buscas pelo piloto Pedro Rodrigues Parente Neto, de 37 anos – conhecido como Pedro Buta – que está desaparecido desde o início do mês.
Já são 12 dias sem notícias do piloto e do avião.
“Como que um avião some e não aterrissa em lugar nenhum? O meu filho sumiu”, diz a mãe de Pedro, Maria Eugenia Buta.
Desde o último fim de semana, a Força Aérea venezuelana faz buscas por Pedro Buta. O trabalho começou no entorno de Caicara Del Orinoco, a última cidade em que o piloto foi visto, no dia 1º de setembro.
Se estendeu ao longo dos dias para San Fernando De Apure e chegou até a Região de Lagos mais a noroeste do país.
Segundo o empresário Daniel Seabra, dono da aeronave, as buscas são feitas com aviões e barcos.
O Ministério das Relações Exteriores tem prestado apoio à família de Pedro. O Itamaraty está em contato com o governo venezuelano e aguarda atualizações sobre o trabalho de buscas.
Tensão na Venezuela
A situação se complica pela conjuntura política da Venezuela. Há uma escalada de tensão nas relações diplomáticas desde julho, quando o presidente Nicolás Maduro se declarou vencedor das eleições.
O resultado não foi reconhecido pelo Brasil, e líderes mundiais contestaram a vitória, já que até hoje as atas eleitorais não foram divulgadas.
O piloto Pedro Buta — Foto: Reprodução/TV Globo
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O cenário político do país dificulta a busca por informações. A mãe do piloto está em Roraima desde terça-feira (10).
“Eu saí do Rio de Janeiro e vim pra cá porque como uma mãe ficar sentada em casa trocando WhatsApp com delegado, com policial... O delegado da Polícia Federal me explicou. O processo segue, mas eu preciso entender o que vai acontecer na Venezuela", explica a mãe.
Eugênia descarta ir para a Venezuela, por enquanto. Quem ainda está lá é o dono da aeronave, o empresário Daniel Seabra, que contratou o piloto para buscá-lo. Ele afirma que está participando das buscas.
Maria Eugenia Buta — Foto: Reprodução/TV Globo
“A Força Aérea venezuelana tá fazendo busca, entende? Tá sendo solicita conosco. Tá dando ‘n’ situações positivas. Mas nós não conseguimos encontrar o paradeiro do Pedro. Eu não creio que tenha acontecido algum mal com ele. Ele vai aparecer”, diz o empresário.
“Preciso muito que as autoridades me ajudem, porque o que eu consigo fazer é só até aqui”, fala a mãe.