Secretário Municipal de Saúde afirma que 630 mil pessoas não voltaram aos postos para se vacinar
O secretário de Saúde do município do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, definiu o momento atual como “preocupante” por causa da internação de pessoas que não estão vacinadas ou não completaram o ciclo de imunização contra a Covid.
Em entrevista ao Bom Dia Rio, ele destacou ainda que 630 mil pessoas não retornaram aos postos na capital fluminense para tomar a dose de reforço.
“É um momento muito preocupante, a gente vê o número de pessoas sendo internadas aumentando. Infelizmente, pessoas que não se vacinaram, que não foram tomar a dose de reforço no momento correto. É triste ver uma pessoa internada por uma causa que poderia ter sido evitada pela vacina”, afirmou Soranz.
O secretário ressaltou que a tendência é que a imunização seja reduzida aos poucos após a segunda dose e, por isso, é necessária a aplicação da dose de reforço.
“Nessa semana a gente chegou em um platô da variante ômicron, a gente vê a diminuição da procura por testes, uma diminuição na positividade dos testes. A gente começou a semana com mais de 950 pessoas internadas e hoje a gente tem uma pequena redução. Mas é um momento muito preocupante. A gente precisa da adesão das pessoas à vacina”, disse.
Capital vacina crianças de 10 anos
A cidade do Rio vacina nesta quarta as crianças de dez anos de idade ou mais. Depois de passar 6 dias sem avançar, o calendário muda de crianças de 11 anos para as de 10 anos e nos próximos dias segue avançando para crianças mais jovens, até chegar nas de 5 anos a partir do dia 7 de fevereiro.
“’A gente tem vacina até sexta-feira para vacinar as crianças de 10, 9 e 8 anos. Uma faixa etária por dia. Infelizmente a gente ainda não tem vacina para concluir o calendário inteiro todo, mas há a previsão de chegada de novas doses na sexta”, disse Soranz.
O secretário destacou que a cidade teve uma adesão considerada baixa para a primeira semana de vacinação infantil na cidade.
“A gente precisa que os pais tragam os filhos para serem vacinados. A gente teve uma adesão muito baixa nessa primeira semana, mas também tinha poucas vacinas, tivemos algumas fake news sobre supostos efeitos adversos que não se confirmaram", disse.
"São duas vacinas muito seguras, a vacina da Pfizer já foi utilizada em mais de 14 milhões de crianças no mundo. A vacina da CoronaVac também foi utilizada em larga escala em vários países, no Chile, principalmente. São vacinas seguras e eficazes”, completou.
Ele acredita que a vacinação ocorrerá sem interrupções após a aprovação da CoronaVac, pois trata-se de uma segunda opção para as crianças do país. O imunizante é produzido no Brasil.
“Agora é uma questão de logística, de distribuição do ministério, mas parece que ficou mais fácil e, se tudo der certo, a gente consegue antecipar o calendário na próxima semana”, disse o secretário.