Por Pedro Figueiredo, Bom Dia Rio


RJ vai apresentar novo plano de recuperação fiscal com base em novo decreto do Governo Federal, diz secretário de Fazenda

RJ vai apresentar novo plano de recuperação fiscal com base em novo decreto do Governo Federal, diz secretário de Fazenda

O Rio de Janeiro vai apresentar um novo plano de recuperação fiscal com base no novo decreto publicado pelo governo federal em uma edição extra do Diário Oficial da União, segundo o secretário estadual de Fazenda, Guilherme Mercês. Até então, o estado se mantinha no regime graças a liminares do Supremo Tribunal Federal e com uma decisão do Tribunal de Contas da União.

O secretário afirmou em entrevista ao Bom Dia Rio desta quarta-feira (21) que inicia-se uma “nova etapa”, em que medidas terão que ser tomadas para que a adesão ao plano seja aceita.

“A lei diz o seguinte: o estado pede a adesão, o que devemos fazer imediatamente, e aí tem 12 meses para implantar as reformas necessárias e também construir um novo plano projetando as finanças do estado para os próximos dez anos”, disse o secretário.

Entre as medidas, segundo Mercês, estão reformas na previdência e administrativa e a concessão de empresas estatais, como a Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae). Ele reconhece que as medidas podem ser impopulares.

“São medidas difíceis de serem tomadas e têm que ser muito discutidas pela sociedade. Isso envolve o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa e, eu diria, a sociedade como um todo”, afirmou o secretário de Fazenda.

Guilherme Mercês afirmou ainda que a falta de adesão do Rio de Janeiro pode inviabilizar investimentos em áreas importantes para a população, pois significaria um aumento no pagamento de juros da dívida ao governo federal.

“No regime atual, o Rio teria que pagar R$ 60 bilhões até 2023. Só em 2021 seriam R$ 5 bilhões. Estes recursos, dentro de um orçamento de cerca de R$ 60 bilhões, que é o que fica líquido para o Estado do Rio de Janeiro, inviabilizaria a prestação de boas políticas públicas pois metade do nosso orçamento seria destinado ao pagamento de juros de amortização da dívida".

"Isso inviabilizaria prestar uma boa educação, uma boa saúde e uma boa segurança pública. Com este plano de dez anos, isso abre espaço no orçamento para que o Rio faça as reformas e consiga efetivar boas políticas públicas”, disse Mercês.

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