Rio de Agora — Foto: Divulgação
Na bio das redes sociais e na vida, Andressa Coelho, 25 anos, é multitalentosa e tem uma agenda corrida para dar conta dos compromissos como modelo, atleta, atriz, estudante de Direito, professora voluntária de surfe e coordenadora em um projeto social.
Na função de professora, que exerce na praia do Leblon, ela é exemplo para crianças e adolescentes de 4 a 18 anos que aprendem com os ensinamentos dela não só um esporte, mas também como cuidar da nossa casa: o mar, a areia, o asfalto e o morro – o Rio de Janeiro.
Foi pertinho do Posto 12 que ela começou, em 2015, a dar aulas de surfe, bodysurf e bodyboard, de forma voluntária. Com o interesse dos jovens, fundou o projeto Onda Viva e a escola passou a ter encontros das 8h às 11h nos fins de semana.
“Fui aprendendo o esporte e comecei a competir. As crianças da minha comunidade ficaram sabendo e pediram para ensinar. Com meus próprios materiais, passei a dar aula para cerca de 30 crianças que queriam começar a surfar”, recorda Andressa.
Moradora do Vidigal, conta que o Onda Viva lhe deu a oportunidade de ganhar uma bolsa na faculdade para o curso que desejasse, além de uma vaga de emprego como coordenadora no projeto Surf para Todos (para mulheres, PCDs e idosos).
Com recursos próprios, apoio de pessoas da comunidade e do Leblon, ela consegue equipamentos usados e novos para que os alunos usem nas aulas. Hoje, o Onda Viva ensina 46 crianças e adolescentes e conta com quatro professores.
"Foi uma mudança radical na minha vida, não vivo sem meu projeto, mesmo que não tenha verba. É muito gratificante estar com eles, me sinto amada, passo conhecimento e também aprendo muito com a nova geração. A troca é muito legal", diz Andressa.
Dentro e fora do mar, o exemplo inspira a nova geração. Em pouco tempo frequentando o Onda Viva, Andressa consegue perceber as mudanças comportamentais nas crianças e adolescentes.
"Eles chegam com muitas gírias, sem respeitar muito, e ensinamos a terem educação e mais paciência para conseguirem desfrutar de todas as oportunidades. Se eles quiserem, podem conquistar o mundo. Para chegar lá, é preciso ter educação, saber falar, esperar e ser solidário. Ensinamos a dividirem os materiais e tratarem todos como família, independentemente de morar na comunidade ou no asfalto, ser brasileiro ou estrangeiro", explica.
Rio de Agora — Foto: Divulgação
Além desse aprendizado social, a consciência ambiental também é estimulada. Cuidar do Rio de Janeiro é uma lição obrigatória a cada ida ao mar.
"A praia é o nosso lar, é muito importante deixar a nossa casa limpa. O surfe é um momento de terapia, de inclusão social, em que todos estão em um ambiente de natureza. Para que a gente possa se sentir bem, temos de tomar conta do local, limpar", comenta a professora, que incentiva os alunos a recolherem os resíduos deixados na areia.
Andressa também explica aos novos surfistas que o lixo dentro do mar levará centenas de anos para se decompor e que, quando dividido em partículas menores pela ação do tempo, acaba ingerido pelos animais e podem chegar até a nossa mesa.
Ao longo dos seus 25 anos, a fundadora do projeto Onda Viva aprendeu a cuidar do Rio de Janeiro e agora repassa seu conhecimento, servindo de modelo para todos que desejam fazer a sua parte para uma cidade melhor.
Areias limpas e de qualidade para todos
Equipe da Águas do Rio trabalhando na orla de Copacabana e equipe fazendo teste de areia financiado pela Águas do Rio — Foto: Divulgação
As atitudes da moradora do Vidigal são uma convocação para as boas práticas a cada ida à praia. Nessa mesma vibração, a Águas do Rio também colabora para uma cidade melhor e, entre as ações executadas, financia testes de qualidade de areia nas praias do Rio de Janeiro localizadas na área de operações da concessionária.
A cada 15 dias, a empresa envia os resultados laboratoriais para a prefeitura e, assim, contribui com a boa gestão do espaço que é de todos. A Águas do Rio acredita na colaboração junto ao poder público e à sociedade civil, por isso optou por fazer este serviço mesmo sem ter a obrigação contratual.
Além disso, uma enorme operação de manutenção em uma das maiores estruturas sanitárias do Rio de Janeiro, o Interceptor Oceânico, removeu resíduos acumulados por mais de meio século no túnel de 9 km de extensão e que chega a ter 5,5 metros de diâmetro em alguns trechos.
Responsável por coletar o esgoto da maior parte da Zona Sul da capital e levá-lo para a Estação Elevatória Parafuso, que bombeia o efluente para o Emissário Submarino de Ipanema, o interceptor vai da Glória a Copacabana e acumulava 2 mil toneladas de resíduos.
Ele protege a praia do despejo irregular de esgoto e, com a limpeza, opera em sua capacidade de escoamento máxima, tornando os extravasamentos para o mar, em época de chuva, cada vez menos impactantes.
O reflexo dessa cooperação da Águas do Rio com a cidade maravilhosa é a proteção da praia para todos que amam apreciar as belezas do Rio de Janeiro com o pé na areia.