Por Yuri Ramos, g1 — Campos dos Goytacazes


Investigação aponta, entre os veículos, carros luxuosos importados sob a posse de membros do grupo — Foto: Gaeco e Polícia Civil

Um grupo suspeito de integrar esquema de clonagem de carros e receptação de peças automotivas para uso em veículos adquiridos em leilão foi alvo de uma operação que resultou no cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (4) em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense.

A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, e da Polícia Civil, por meio da 134ª Delegacia de Polícia.

De acordo com a delegada Carla Tavares, o grupo comprava carros em leilão e substituíam as peças por outras de origem criminosa.

"Eles adquiriam também veículos em leilão, só que para consertar esses veículos, porque veículos de leilão geralmente vem com alguma avaria, eles usavam peças de origem espúria, e, assim, conseguiam altos valores nestes veículos, só que as peças que eram utilizadas eram pelas de origem criminosa", explicou a delegada.

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A pedido do MPRJ, os mandados foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Campos.

De acordo com o Gaeco, a investigação também apura a atuação do grupo em crimes de estelionato, praticados por meio de golpes virtuais.

Equipes envolvidas na operação em Campos — Foto: Gaeco e Polícia Civil

Ainda segundo os promotores de Justiça, os investigados exibem um estilo de vida extravagante, ostentando joias e itens de ouro frequentemente mostrados nas redes sociais, além de possuírem carros de luxo importados.

Joias também foram apreendidas na operação em Campos — Foto: Gaeco e Polícia Civil

Um deles, é proprietário de um veículo BMW avaliado em R$ 225 mil, registrado em nome de uma empresa da qual é sócio. A maioria dos investigados possui antecedentes criminais por estelionato.

Quatro veículos foram apreendidos, incluindo a BMW, além de joias. O caso segue em investigação pela 134 DP, delegacia do centro de campos.

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