A Polícia Militar confirmou que alguns estabelecimentos comerciais e de educação de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, fecharam as portas mais cedo nesta quinta-feira (24), com receio de que houvesse algum tiroteio. De acordo com o serviço reservado do 12º BPM, há uma operação policial no Morro do Estado. Até as 18h, não havia informação sobre detidos ou apreensões. A ação é permanente, para ocupação da comunidade, segundo a PM.
As universidade Federal Fluminense (UFF), Estácio de Sá e La Salle (Unilasalle) suspenderam as aulas e liberaram os alunos mais cedo.
Uma operação de policiais do 12º BPM (Niterói) no Morro da Chácara, nesta quinta, prendeu Alex Sandro Guimarães, suspeito de associação ao tráfico de drogas. Com ele, foram apreendidos um carregador de pistola 9 mm, baterias de rádio transmissor e um celular com fotos que serão investigadas. A ocorrência foi registrada na 76ª DP.
Ainda na tarde desta quinta, cinco pessoas foram detidas por policiais do 12º BPM na comunidade Inferninho, em Piratininga. Elas foram encaminhadas para a 81ª DP (Itaipu).
Nesta quarta (23), um tiroteio no Morro do Estado obrigou o Plaza Shopping a fechar as portas. Pela manhã desta quinta, um grupo se reuniu na Câmara de Dirigentes Lojistas. Vestidos de preto, os ativistas fizeram uma manifestação pedindo paz. A troca de tiros na comunidade que fica próxima ao centro comercial foi registrada e publicada na internet (veja na reportagem ao lado). De acordo com investigações, o confronto aconteceu entre quadrilhas rivais.
Companhias destacadas
O aumento da violência em Niterói tem assustado moradores e autoridades. Na terça-feira (22), o secretário de Segurança José Mariano Beltrame anunciou a instalação de duas companhias destacadas da PM em Niterói, nas comunidades do Fonseca e do Cavalão. O anúncio foi feito após reunião com o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e integrantes da cúpula de segurança pública do estado.
no Caramujo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Instantes antes do encontro, houve um tiroteio na comunidade do Caramujo, onde no dia 19 um protesto teve ônibus e carros queimados. Durante todo o feriado da Semana Santa, houve confrontos e o prefeito chegou a cogitar a ajuda da Força Nacional para combater a criminalidade no município. No entanto, o governador descartou imediata intervenção federal.
O número de homicídios no município cresceu 57% no primeiro trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP). O número de roubos também aumentou 22%, na comparação entre estes dois períodos.