Os rios e canais do município de Japeri, na Baixada Fluminense, começam a ser limpos a partir desta quinta-feira (12), segundo a prefeitura do município. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (11) após a visita da presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, às áreas atingidas pela chuva. Segundo a prefeitura, os pontos críticos dos rios e canais da cidades serão limpos pelo Inea. Japeri foi atingido por um temporal na última quinta-feira (5) e o prefeito Ivaldo Timor decretou estado de calamidade pública no início da noite desta quarta. Cerca de 200 famílias estão desalojadas e 30 desbrigadas.
A administração municipal informou que os valões que cortam os bairros mais atingidos pela chuva: Delamare, Vila Conceição, Alecrim, Vila São Sebastião, Citrópolis e Cosme Damião, na periferia da cidade, também serão limpos. Segundo a prefeitura, ficou acertado que o órgão estadual fará a desobstrução do Canal Teófilo Cunha em toda a sua extensão e também a limpeza do Rio dos Poços.
Nova Iguaçu
Nesta quarta, o prefeito Nelson Bornier, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, decretou estado de calamidade pública em razão da chuva que atingiu o município nesta quarta-feira (11). A prefeitura cancelou as aulas da rede municipal de ensino em todas as 127 escolas para abrigar os desabrigados. Bornier, disse que 2 mil moradores da cidade deixaram as suas casas e que esta foi a chuva mais forte das últimas duas décadas.
O prefeito de Nova Iguaçu agradeceu a ajuda da presidente Dilma Rousseff, que ofereceu auxílio ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, para enfrentar desastres causados pelas chuvas que atingem a capital fluminense e outras regiões do estado. "Foi muita água em pouco tempo. Há 20 anos não chovia tanto em Nova Iguaçu. A ajuda federal será importante. Agora, porém, estamos preocupados em atender às famílias [prejudicadas]", resumiu.
Os desabrigados do município estavam sendo encaminhados para as 100 igrejas católicas do município que foram liberadas pela Diocese.
Segundo o secretário de Defesa Civil do estado, Sérgio Simões, os esforços estão concentrados na região. “Depois da capital, o município (Nova Iguaçu) teve o maior índice pluviométrico. A recomendação que a gente faz é que as pessoas não transitem nas áreas alagadas e que permaneçam em locais seguros”, afirmou.
Os bairros mais atingidos pela chuva em Nova Iguaçu são: Austin, Aymoré, Bandeirantes, Batuta, Cerâmica, Comendador Soares, Danon, Jardim Canaã, Jardim Iguaçu, Jardim Palmares, Jardim Pernambuco, Jardim Roma, Mangueira, Metropolitano, Miguel Couto, Nova Era, Ouro Fino, Ouro Preto, Palhada, Planalto, Riachão, Rosa dos Ventos, Santa Cecília, Tancredo Neves, Tinguazinho e Vila Zenith.
A madrugada desta quarta foi de vigília para a família de Angélica Moreira, moradora do bairro de Austin. Ela viu a casa onde vive com o marido e a filha ficar inundada com água acima dos joelhos. Os dois únicos móveis que conseguiu salvar foi a cama da criança, que ela conseguiu colocar no alto a tempo, e o sofá da família. O guarda-roupa, a cômoda e outros móveis terão que ser descartados, pois foram perdidos com a força da água.