26/09/2013 14h47 - Atualizado em 26/09/2013 18h11

Câmara suspende sessão que votaria plano de carreira de professores

Desde cedo categoria faz manifestações na Cinelândia.
Suspensão foi anunciada às 14h30, devido ao tumulto na casa.

Cristiane CardosoDo G1 Rio

Câmara Municipal do Rio ficou lotada de profissionais da educação (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Câmara Municipal do Rio ficou lotada de profissionais da educação (Foto: Cristiane Cardoso/G1)

A Câmara Municipal do Rio anunciou, às 14h30 desta quinta-feira (26), que foi suspensa a sessão extraordinária que voltaria o Plano de Cargos e Salários da categoria, assinado pelo prefeito Eduardo Paes na quarta (24). Os profissionais de educação que entraram no prédio, na Cinelândia, no Centro, dizem que não vão sair enquanto o projeto de Paes não for retirado da pauta. A próxima sessão extraordinária está marcada para a terça-feira (1º).

"Não vamos nos retirar enquanto não retirarem o plano do Eduardo Paes. Não vamos sair da Câmara enquanto a categoria não for ouvida", disse um dos representantes dos profissionais de educação. Os professores permanecem na Câmara.

A sessão estava inicialmente marcada para começar às 14h30. Desde cedo os professores fazem um protesto em frente à Câmara e exigem apresentação de crachá das pessoas que queriam acompanhar a sessão, embora a PM tenha feito um cordão de isolamento para garantir o livre acesso ao prédio.

Ao todo, foram distribuídas 70 senhas para os professores acompanharem a sessão, mas o sindicato que representa a categoria afirma que nenhuma foi recebida por eles. Em contrapartida, os manifestantes fizeram uma espécie de "corredor polonês" para barra a entrada no local.

No novo plano, está previsto gratificação de acordo com a formação. As medidas vão atingir 43 mil profissionais de educação ativos e inativos e terão impacto de R$ 3 bilhões em 5 anos. Neste período, o reajuste salarial dos professores poderá chegar até 60%.

Professores protestam contra a aprovação de plano de carreira na porta da Câmara Municipal, no Centro do Rio (Foto: Renata Soares / G1)Professores protestam contra a aprovação de plano de carreira (Foto: Renata Soares / G1)

Proposta do Sepe recusada
Segundo o prefeito, as emendas equiparam a remuneração de professores com a mesma formação e que exercem a mesma função.  A proposta feita pelo Sindicato dos Professores (Sepe) foi rejeitada e considerada "inviável".

"Pela proposta do sindicato, o professor se aposentaria ganhando R$ 130 mil. Eu concordo que o professor merece ganhar bem, mas tem que ser um salário que a prefeitura possa pagar", disse Paes, na quarta (24).

Os profissionais de Educação representam 60% dos servidores municipais.

Corte de ponto
Ainda na quarta-feira (25), o Tribunal de Justiça do Rio derrubou a liminar concedida ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação que impedia o corte dos dias parados e outras penalidades com a greve dos professores do município. Com a decisão da desembargadora Geórgia de Carvalho Lima, o município pode descontar os dias não trabalhados pelos grevistas.

O prefeito Eduardo Paes afirmou que ainda vai avaliar se cortará ou não o ponto dos grevistas.

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