24/01/2013 13h05 - Atualizado em 24/01/2013 18h03

Morre no Rio o diretor e ator Zózimo Bulbul

Segundo a família, ele lutava contra o câncer havia sete meses.
Bulbul foi primeiro protagonista negro de uma novela brasileira.

Henrique PortoDo G1 Rio

Zózimo Bulbul é um dos ícones negros dos anos 1960  (Foto: Arquivo Pessoal)Zózimo Bulbul é um dos ícones negros dos 1960
(Foto: Arquivo Pessoal)

Morreu na manhã  desta quinta-feira (24) o diretor e ator Zózimo Bulbul, aos 75 anos. De acordo com a jornalista Mariana Moura, ele estava em casa e lutava desde junho de 2012 contra um câncer no colo do intestino.

O velório começou às 17h  desta quinta na Câmara dos Vereadores do Rio. O enterro será às 12h desta sexta-feira (25), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária da cidade.

Bulbul trabalhou até novembro do ano passado. "É um sentimento horrível, horroroso, mas o que existe agora é um grande alívio, pois ele estava sofrendo muito. Tenho a certeza de que ele lutou muito, o tempo todo, e se orgulhava muito de todas as coisas que conquistou em vida. É um guerreiro, um rei africano", comentou a viúva de Zózimo, Biza Vianna.

Corpo de  Zózimo Bulbul é velado no Rio, nesta quinta-feira (24) (Foto: Henrique Porto/G1)Corpo de Zózimo Bulbul é velado no Rio, nesta
quinta-feira (24) (Foto: Henrique Porto/G1)

"Minha ficha ainda não caiu. Por enquanto ainda estou reagindo de uma maneira prática a tudo isso. Mas é muito doloroso perder o Zózimo desta maneira. Ele tinha uma força de viver muito grande. Acho que é exatamente isso que está unindo as pessoas neste momento", completou  Monalisa Alves, que trabalhava com o diretor no Centro Afrocarioca de Cinema há três anos.

Em 1969, Bulbul atuou em "Vidas em Conflito", da TV Excelsior, se tornando o primeiro negro a ser protagonista de uma novela brasileira. Foi ainda um dos principais atores do cinema novo. Ele é um dos ícones negros dos anos 1960 pelos trabalhos na TV e no cinema. Zózimo Bulbul também dirigiu filmes importantes, como "Abolição" e o curta "Alma no olho", que faz uma metáfora sobre a escravidão e produzia o festival de cinema negro.

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