(Foto: Arquivo Pessoal)
Morreu na manhã desta quinta-feira (24) o diretor e ator Zózimo Bulbul, aos 75 anos. De acordo com a jornalista Mariana Moura, ele estava em casa e lutava desde junho de 2012 contra um câncer no colo do intestino.
O velório começou às 17h desta quinta na Câmara dos Vereadores do Rio. O enterro será às 12h desta sexta-feira (25), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária da cidade.
Bulbul trabalhou até novembro do ano passado. "É um sentimento horrível, horroroso, mas o que existe agora é um grande alívio, pois ele estava sofrendo muito. Tenho a certeza de que ele lutou muito, o tempo todo, e se orgulhava muito de todas as coisas que conquistou em vida. É um guerreiro, um rei africano", comentou a viúva de Zózimo, Biza Vianna.
quinta-feira (24) (Foto: Henrique Porto/G1)
"Minha ficha ainda não caiu. Por enquanto ainda estou reagindo de uma maneira prática a tudo isso. Mas é muito doloroso perder o Zózimo desta maneira. Ele tinha uma força de viver muito grande. Acho que é exatamente isso que está unindo as pessoas neste momento", completou Monalisa Alves, que trabalhava com o diretor no Centro Afrocarioca de Cinema há três anos.
Em 1969, Bulbul atuou em "Vidas em Conflito", da TV Excelsior, se tornando o primeiro negro a ser protagonista de uma novela brasileira. Foi ainda um dos principais atores do cinema novo. Ele é um dos ícones negros dos anos 1960 pelos trabalhos na TV e no cinema. Zózimo Bulbul também dirigiu filmes importantes, como "Abolição" e o curta "Alma no olho", que faz uma metáfora sobre a escravidão e produzia o festival de cinema negro.
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