A polícia egípcia lançou bombas de gás lacrimogêneo na direção dos manifestantes que protestavam contra o governo neste sábado (25) no Cairo, terceiro aniversário da revolta que pôs fim em 2011 ao regime de Hosni Mubarak.
A polícia dispersou os manifestantes - partidários do presidente deposto Mohamed Morsi e ativistas que acusam os militares de derrubar o governo - pouco depois que se reuniram do lado de fora de uma mesquita na capital, comprovou um correspondente da AFP.
Os partidários do presidente islamita Mohamed Mursi destituído pelo exército em 3 de julho passado pediram que as manifestações fossem pacíficas por ocasião do aniversário.
Na mesma manifestação em um bairro central da capital, em um fato sem precedentes, se reuniram os pró-Morsi e os "Jovens da Revolução" de 2011, que responderam à convocação de um movimento liberal e laico que reúne a ex-militantes da revolta anti-Mubarak.
Na última sexta-feira (24), pelo menos quatro ataques e explosões separadas deixaram no mínimo seis mortos no Cairo, capital do Egito. Um dia antes, uma grande explosão em frente à sede da polícia no centro da cidade matou pelo menos cinco pessoas e deixou outras feridas.
Três fontes de segurança disseram que um carro-bomba foi a causa provável da explosão, que danificou o prédio e enviou fumaça erguendo-se sobre o centro da cidade. Mais tarde, um explosivo matou uma pessoa e feriu 15, segundo a TV estatal.
Militantes islâmicos intensificaram os ataques contra as forças de segurança desde que o exército derrubou o presidente Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana, em julho passado.