Agencia EFE

26/01/2014 09h55 - Atualizado em 26/01/2014 13h48

Egito terá eleição presidencial antes das parlamentares, diz presidente

Adly Mansour disse que decisão foi motivada por pedido de partidos.
Determinação muda roteiro decretado por autoridades após saída de Morsi.

Do G1, em São Paulo

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, anunciou neste domingo (26) que modificou o roteiro decretado pelos autoridades após a destituição militar de Mohamed Morsi, em julho do ano passado, para que as eleições presidenciais aconteçam antes das parlamentares.

O pleito deve ocorrer em meados de abril, em um calendário favorável ao general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do exército e homem forte do país.

Mansour realizou o anúncio em discurso à nação no qual disse que tomou a decisão após receber esse pedido em suas consultas com partidos políticos e outras partes envolvidas.

Para os analistas, a eleição do presidente antes dos parlamentares deve favorecer o general al-Sissi - personalidade mais popular do Egito desde o anúncio da deposição de Mursi, em 3 de julho de 2013.

Organizar eleições presidenciais antes das legislativas poderia ter um impacto nos resultados, segundo alguns especialistas, já que os candidatos tentarão estabelecer alianças com o presidente eleito a fim de ganhar votos.

Mansour também assegurou que tomará "medidas excepcionais e extraordinárias se a situação requerer" para restaurar a segurança e a estabilidade no país.

Nesse sentido, instou os tribunais a acelerar os julgamentos contra os processados por sua relação com o terrorismo e pediu ao procurador-geral que revise os casos de todos os detidos, especialmente dos estudantes universitários detidos nos recentes confrontos nos campus egípcios.

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, faz anúncio na TV neste domingo (26)  (Foto: Egyptian State Television/AP)O presidente interino do Egito, Adly Mansour, faz anúncio na TV neste domingo (26) (Foto: Egyptian State Television/AP)

Protestos
O anúncio ocorre um dia após o aniversário de três anos da revolução que tirou do poder o então presidente Hosni Mubarak.

As comemorações se transformaram em manifestações que pediram que o chefe das forças armadas e novo homem forte do país, o general Abdel Fatah al Sisi, seja candidato à presidência.

Tambpem houve conflitos, principalmente envolvendo apoiadores de Morsi, e pelo menos 49 pessoas morreram.

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