Por Profissão Repórter


Edição de 11/06/2024

Edição de 11/06/2024

Sophia Ângela Veloso, de 11 anos, foi desviada do caminho da escola por um ex-cunhado de seu pai, o pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos. Próximo da Família, Edílson convidou a menina para ir em sua casa, onde a menina foi abusada e morta.

O caso de Sophia foi destacado no Profissão Repórter desta terça-feira (11), que falou sobre crimes sexuais de pessoas vulneráveis no Brasil: foram mais de 56 mil denúncias por ano, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. São 153 casos por dia e seis a cada hora.

Ainda segundo o Fórum, mais de 85% dos estupros de vulnerável de crianças de até 13 anos são cometidos por conhecidos. O crime se aplica a situações em que a vítima é menor de 14 anos ou sem discernimento no momento que consiga se defender desse crime.

O programa mostrou como as estatísticas servem de alerta e trouxe o relato emocionante da atriz Helga Nemeczyk sobre o abuso que sofreu na infância. Saiba mais abaixo:

Estupro de vulnerável: Brasil tem 56 mil denúncias por ano, e 156 casos por dia — Foto: Reprodução/TV Globo

O caso Sophia e as denúncias de crimes sexuais no Brasil

Caso Sophia: pai mostra desenhos feitos por filha em diário antes de a menina ser morta no Rio

Caso Sophia: pai mostra desenhos feitos por filha em diário antes de a menina ser morta no Rio

"Até agora eu tento compreender, não consigo engolir o que aconteceu", disse Paulo Sérgio da Silva, pai de Sophia Veloso.

O corpo da menina de 11 anos foi encontrado em uma caçamba de lixo no Rio de Janeiro. O pedreiro Edilson confessou o crime e está preso preventivamente por estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver.

O caso de Sophia representa uma síntese dos crimes sexuais de pessoas vulneráveis no Brasil. Nos primeiros quatro meses deste ano, o canal do Governo Federal que recebe denúncias de violações de Direitos Humanos contabilizou quase 8 mil denúncias de estupro de vulnerável no Brasil. São em média, 60 casos por dia.

Sophia Ângela Veloso — Foto: Reprodução/TV Globo

'Quase ninguém confessa que foi abusado', diz atriz Helga Nemeczyk

Atriz Helga Nemeczyk se emociona ao relembrar abuso que sofreu na infância

Atriz Helga Nemeczyk se emociona ao relembrar abuso que sofreu na infância

Ao Profissão Repórter, a atriz Helga Nemeczyk contou em detalhes sobre o abuso que ela sofreu quando era criança.

“No meu caso, era um parente que vivia lá em casa, que eu amava, brincava, confiava e obedecia. Minha mãe trabalhava fora, meu avô também, minha vó estava correndo com os afazeres da casa para cima e para baixo. E às vezes descansando, era quando geralmente acontecia”.

Helga só entendeu e dividiu essa violência com sua família muitos anos depois, quando já era adulta.

'Ninguém esconde que foi assaltado, que foi sequestrado, mas quase ninguém confessa que foi abusado. É difícil”, disse a atriz.

Em sua nova peça, "Não Conta Pra Ninguém" a atriz divide com o público o drama que sofreu.

"Eu decidi fazer esse espetáculo depois de algum tempo de terapia, porque eu precisava ressignificar esse trauma", ressaltou a atriz.

Para a atriz, o espetáculo também serve para incentivar outras vítimas de abuso a fazem a denúncia:

"Eu sei que vai ser muito importante para outras mulheres que são vítimas de abuso e que não contaram para ninguém. Então essa peça também serve para que a gente estimule a denúncia e estimule as vítimas a falarem sobre o assunto", afirmou.

'Não conta pra ninguém': atriz Helga Nemeczyk revela drama da infância em peça sobre abuso sexual — Foto: Reprodução/TV Globo

Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter:

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!