Motorista de Porsche provocou acidente que matou seu amigo e passageiro do veículo em BH
O Profissão Repórter desta terça-feira (21) falou sobre imprudência e punição dos crimes de trânsito. Só em 2022, cerca de 10 mil brasileiros morreram em acidentes causados por motoristas alcoolizados.
Em Belo Horizonte, uma pessoa em uma Porsche bateu em um poste de energia e uma árvore. O carro era dirigido por Rodrigo Chiatti, de 32 anos. Ao lado dele, no banco do passageiro, estava Cayke Pelegrino Tavares, também de 32 anos. Com o impacto, ele foi arremessado para fora do veículo e morreu na hora. As investigações comprovaram que Rodrigo dirigia a 200 km/h.
O motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro. Os policiais que registraram a ocorrência descreveram sinais que indicavam consumo de álcool, como, por exemplo, fala desconexa, andar cambaleante, olhos avermelhados e hálito de bebida.
O delegado Rodrigo Fagundes explicou como a lei permite que a embriaguez no trânsito possa ser comprovada mesmo sem o teste do bafômetro:
"É bom ressaltar, com relação a esse ponto, que a partir de 2012, a lei 12.760 trouxe instrumentos para que o policial possa aferir quais os sintomas que ele verifica que aquele indivíduo está apresentando naquele momento, quando o indivíduo se nega a fazer o teste do etilômetro", explicou o delegado, Rodrigo Fagundes.
Rodrigo foi preso em flagrante. Após conseguir um habeas corpus, ele foi liberado e responde em liberdade. Um pedido de prisão preventiva foi solicitado e aguarda a decisão do poder judiciário para ser efetivada. O Profissão Repórter tentou contato com a defesa de Rodrigo, mas não obteve retorno.
Aplicação de multa
Como embriaguez no trânsito pode ser constatada mesmo sem teste do bafômetro
A recusa ao teste do bafômetro também não impede que o motorista seja multado e tenha sua carteira suspensa. Em São Paulo, a equipe do Profissão Repórter acompanhou a operação "Direção Segura" na Zona Leste, a mesma região onde aconteceu o acidente envolvendo uma Porsche que causou a morte de um motorista de aplicativo.
Um dos motoristas abordado pelos policiais que apresentava sinais de embriaguez se recursou a fazer o teste. Ele confessou ter consumido bebida alcoólica: "Estou recusando fazer o bafômetro porque eu sei que estou alcoolizado", disse ele.
"Vai ser ofertado o etilômetro para ele. Se ele, aceitar, ele vai fazer esse teste. Se acusar algum valor, ele será autuado. É o crime de embriaguez de trânsito. Ele também pode incorrer nesse crime pelos sinais notórios. Então, o policial consegue olhar para o condutor e a partir dos sinais notórios, constatar a embriaguez dele e, assim, conduzir ao Distrito Policial", explicou a tenente da Polícia Militar de São Paulo, Ludymila Andrade.
Inaldo não encontrou ninguém para buscar o carro dele, então o veículo foi guinchado até um pátio do Detran.
Veja a íntegra do programa abaixo:
Edição de 21/05/2024
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