14/03/2016 11h31 - Atualizado em 14/03/2016 11h31

Voluntários transformam geladeira antiga em biblioteca alternativa no PR

Projeto é desenvolvido pelo Rotaract de Ampére, no sudoeste do estado.
Ideia tem chamado a atenção; iniciativa deve ser ampliada para os bairros.

Daniel Felipe ZabotInternauta, Ampére, PR

Geladeira biblioteca instalada no Centro de Ampére tem chamado a atenção de adultos e crianças (Foto: Daniel Felipe Zabot / Arquivo Pessoal)Geladeira biblioteca instalada no Centro de Ampére tem chamado a atenção de adultos e crianças (Foto: Daniel Felipe Zabot / Arquivo Pessoal)

Voluntários transformaram uma geladeira antiga em uma biblioteca alternativa em Ampére, no sudoeste do Paraná. Disponibilizada no sábado (12) na Praça Antônio Francio, no Centro da cidade, a iniciativa tem chamado a atenção de crianças, adolescentes e adultos. A ideia, preveem os idealizadores, é ampliar a iniciativa para os bairros.

“Ela chama a atenção por ser vermelha e estar na praça central. No primeiro dia, algumas pessoas já aproveitaram para dar uma olhada nos livros. Um menino foi o primeiro a trocar alguns exemplares. A ideia é essa, traga seus livros e leve outros para casa”, aponta o presidente do Rotaracty Club – braço jovem do Rotary Internacional – de Ampére, Daniel Felipe Zabot, que encaminhou a sugestão e fotos por meio da plataforma colaborativa VC no G1.

A inspiração, conta, veio de cidades como Brasília, onde as geladeiras com livros são dispostas em praças e pontos de ônibus. “Se em uma cidade grande a ideia funciona, acredito que em uma cidade pequena como Ampére também vai dar certo”, aponta ao reforçar que a geladeira está em um local vigiado, com pouco risco de ser vandalizada.

Uma campanha realizada durante 30 dias sensibilizou os moradores a doarem os livros. Inicialmente, foram disponibilizados 150, de vários estilos e faixas etárias indicadas. “Temos uma biblioteca pública, mas parece que não é muito frequentada. Com a geladeira, esperamos que as pessoas, pela curiosidade, tenham mais vontade de ler. Outro exercício é o da troca”, observa.

Segundo Daniel, o exemplo pode ser seguido por outras cidades. “O custo foi de cerca de R$ 70, da tinta que compramos para pintar a geladeira, que conseguimos de doação. O rapaz que a pintou também não cobrou pelo serviço. Os livros conseguimos com a campanha. Um gesto de solidariedade leva a outro. E, além do incentivo à leitura, ainda temos esta troca entre as pessoas.”