Polícia deflagra operação contra influenciadores suspeitos de promover rifas ilegais no PR
A operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) desta terça-feira (20) contra influenciadores digitais suspeitos de promover rifas ilegais nas redes sociais apreendeu carros luxuosos, joias e motos esportivas.
Os policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Itapema (SC), Balneário Camboriú (SC) e Belo Horizonte (MG).
De acordo com o delegado Gabriel Fontana, responsável pela investigação, as rifas de veículos e valores em dinheiro eram ilegais porque não estavam devidamente autorizadas pelo governo federal.
Em Santa Catarina, foram apreendidos cinco veículos de luxo, com valor aproximado em R$ 1,5 milhão. Na capital mineira, a polícia apreendeu outros seis carros luxuosos.
Durante o cumprimento de um dos mandados, investigadores recolheram um iPhone banhado a ouro, que é avaliado em aproximadamente R$ 42 mil.
Trata-se de um iPhone 12 Pro Max, banhado em ouro 24 quilates e com a assinatura de uma marca de relógios de luxo. Veja a lista de alguns itens apreendidos:
- Ford Ranger
- F250
- Audi
- BMW X6
- iPhone banhado a ouro
- Três motocicletas de luxo
- Bolsas de marca
Polícia Civil apreendeu 11 carros de luxo e um iPhone banhado a ouro com suspeitos — Foto: Dai Nogueira/TV Globo
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Influenciadores são investigados por rifas ilegais
Quem são os alvos
Um dos influenciadores alvos da operação é Matheus Sales, de Rio Branco do Sul. Ele tem mais de 480 mil seguidores nas redes sociais, onde publica conteúdos com referência a rifas de carros de luxo e motocicletas.
O g1 tenta identificar a defesa dele.
Matheus Sales com carro de luxo e motocicletas anunciadas em sorteio de rifa — Foto: Redes Sociais
De acordo com o g1 Minas Gerais, outro influenciador investigado é Nelio Dgrazi, natural de Belo Horizonte e que acumula mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais.
O g1 tenta contato com a defesa do influenciador.
De acordo com a Polícia Civil, suspeitos podem responder pelos crimes de lavagem de capitais, associação criminosa, crime contra a economia popular e pela contravenção de promoção de jogo de azar.
Como funcionava o esquema
Carros (esq.) e bolsas (dir.) de luxo apreendidas em Santa Catarina na operação. — Foto: Divulgação
Conforme o delegado Gabriel Fontana, nos sorteios, o comprador ganha um "número da sorte" entre 1 e 9.999.999.
“Acontece que nos sorteios regulares, baseados na loteria federal, são utilizadas somente 5 dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso”.
Segundo Fontana, “apesar de terem se tornado extremamente populares recentemente, as rifas de veículos e valores em dinheiro só podem ser realizadas se devidamente autorizadas pelo Ministério da Fazenda. Não atendidos tais critérios, são consideradas contravenção penal”.
Além dos bens apreendidos, a Justiça acatou o pedido da polícia e bloqueou as contas bancárias dos suspeitos visando o sequestro de R$ 25 milhões, que teriam sido levantados por eles em 2023.
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