16/06/2015 11h46 - Atualizado em 16/06/2015 11h46

Aneel autoriza alta média de 15,32% nas contas de luz de clientes da Copel

Reajuste médio para consumidores residenciais e comércio é de 15,09%.
Para clientes da Cocel, alta média será de 19,86%.

Débora CruzDo G1, em Brasília

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira (16) um aumento médio de 15,32% nas contas de luz das 4,3 milhões de unidades consumidoras atendidas pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). Os novos valores passam a valer no dia 24 de junho.

Para consumidores residenciais e comércio, o aumento médio será de 15,09%. Já na indústria a alta média chegará a 15,61%.

De acordo com a Aneel, do total de 15,61% apenas 3,52 pontos percentuais se referem ao reajuste de 2015. O restante corresponde a parte de aumentos nas contas de luz que a Copel deixou de aplicar nos anos de 2013 (3,64%) e 2014 (8,20%).

As distribuidoras tem autonomia para reajustar suas tarifas num percentual menor que o aprovado pela Aneel, e foi o que a Copel fez em 2013 e 2014. Entretanto, elas têm direito de repassar essa diferença nos próximos reajustes.

Cocel
A Aneel também autorizou aumento médio de 19,86% nas tarifas dos clientes da Cocel, distribuidora que atende a 47 mil unidades consumidoras no Paraná. No caso dos clientes residenciais, a alta média será de 19,04%, e da indústria, 20,56%.

Tarifa mais cara
O índice aprovado nesta terça se refere ao reajuste tarifário a que as distribuidoras têm direito e que é avaliado todos os anos pela Aneel. Em 2015, porém, devido ao forte aumento das despesas no setor elétrico, a agência também promoveu uma revisão extraordinária das tarifas, que começou a valer em março.

Nessa revisão extra, que na prática funcionou como um segundo reajuste anual, as contas de luz dos clientes da Copel já haviam sofrido aumento de 38,9%. E os da Cocel, 34,6%.

Em 2015  a agência vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país nos últimos meses, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país e o uso mais intenso de termelétricas (usinas que geram eletricidade pela queima de combustíveis como óleo e gás).

O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para alivias as altas nas tarifas.

Para consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as contas de luz vão subir mais em 2015 porque a lei prevê que a maior parte desse custo extra seja bancada por essas três regiões.

As distribuidoras não lucram com a revenda de energia fornecida pelos geradores (usinas), mas sim com o serviço de levá-la até os consumidores. Entretanto, podem repassar para as tarifas todo o custo com a compra dessa energia.

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