Servidores público federais de diversas instituições com sede em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e municípios vizinhos fizeram uma passeata por algumas das principais ruas da cidade na manhã desta quarta-feira (29). A categoria reivindica, entre outros, melhores condições de trabalho e reposição salarial de 27,3% referente a perdas com a inflação.
Participaram do ato conjunto funcionários em greve da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) e do Ministério do Trabalho e Emprego.
Além de chamar a atenção para as reivindicações e também para os três meses do confronto entre policiais e professores no Centro Cívico em Curitiba, os manifestantes recolheram doações de leite que serão repassadas a instituições da cidade.
Propostas
No dia 20, o Governo Federal apresentou duas novidades adicionais à proposta de reajuste de 21,3% parcelados em quatro anos, que havia sido feita no final de junho.
Em reunião com o Fórum Nacional das Entidades, o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), Sérgio Mendonça, propôs reajustar, com base na inflação dos últimos anos, os três principais benefícios sociais dos servidores. Os valores entrariam em vigor a partir de janeiro de 2016.
Para o auxílio-alimentação e para o plano de saúde suplementar, cujos últimos reajustes ocorreram em 2013, os índices aplicados ficariam em torno de 22,5%, considerando a inflação de 2013 e 2014 e a estimativa para 2015.
Já para o auxílio pré-escolar, conhecido como auxílio-creche, o reajuste levaria em consideração o período inflacionário acumulado desde 1995, o que daria um índice de cerca de 317%. Somados, os três reajustes significariam um impacto anual orçamentário de R$ 1,3 bilhão.
O secretário sugeriu também a adoção de uma cláusula de revisão na proposta de reajuste plurianual (quatro anos), para preservar o poder aquisitivo.