Confira as últimas informações da cheia rio Iguaçu
Devido ao grande volume de chuva que tem atingido o Paraná desde sexta-feira (6), as Defesas Civis de União da Vitória, São Mateus do Sul e Rio Negro, têm monitorado o nível dos rios nas três cidades cidades do sul do Paraná.
Todas fazem divisa com Santa Catarina e têm históricos de inundações - incluindo grandes enchentes entre outubro e novembro de 2023.
União da Vitória, São Mateus do Sul e Rio Negro também estão sob alerta de acumulado de chuva, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia. O aviso é válido até a manhã de terça-feira (10) e afirma que as chuvas podem chegar a até 30 mm por hora ou 50 mm por dia.
Veja, abaixo, a situação dos rios, chuvas e ocorrências registradas em cada uma delas.
União da Vitória
Nível do Rio Iguaçu subiu em União da Vitória — Foto: RPC
Dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontam que de sexta (6) e segunda-feira (9) choveu 137 mm na cidade. A maior medição foi a de sábado (7), quando a precipitação acumulou 65,4 mm em apenas um dia.
A média histórica de chuvas é de até 160 mm em todo o mês de dezembro, diz o órgão. Ou seja, em quatro dias choveu mais de 85,6% da média para o mês.
De acordo com o monitoramento hidrológico da Companhia Paranaense de Energia (Copel), à meia-noite de sexta-feira (6) o nível do rio Iguaçu estava em 2,6 metros na cidade. Às 14h de segunda-feira (9) a medição apontava 4,553 metros e, às 8h desta terça-feira, 4,897 metros.
Segundo a prefeitura municipal, até a amnhã desta terça-feira (10) não houve nenhuma ocorrência registrada pela Defesa Civil em União da Vitória.
O rio transbordou em pontos como parques infantis, mas não alagou ruas ou casas, afirma a prefeitura.
"O nosso alerta [do nível do rio] é 5,5 metros, nessa altura que ele sai do leito. Para atingir as primeiras casas, o nível do rio é 6,5 metros", explica a prefeitura.
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São Mateus do Sul
Nível do Rio Iguaçu subiu em São Mateus do Sul — Foto: RPC
Em São Mateus do Sul, o Simepar registrou 137,2 mm de chuvas de sexta (6) e segunda-feira (9). O maior volume também foi no sábado, quando choveu 67,2 mm na cidade.
Como a média histórica de chuvas é de até 160 mm em todo o mês de dezembro, em quatro dias choveu o equivalente a 85,7% da média para o mês.
O monitoramento hidrológico da Copel aponta que, na cidade, o nível do rio Iguaçu estava em 0,8 metros à meia-noite de sexta-feira (6). Às 14h de segunda-feira (9), estava em 2,314 metros e às 8h desta terça (10) subiu para 2,716 metros.
De acordo com a Defesa Civil municipal, houve alguns pontos de extravasamento do rio no sábado pela manhã, mas nenhuma residência foi atingida.
"Foi na comunidade do Paiol da Barra Feia, no Distrito de Fluviópolis. Dois pequenos rios rurais transbordaram e interditaram o trânsito da estrada rural. No sábado pela manhã nesta comunidade, os moradores rurais registraram 128 mm de chuva em cerca de quatro horas", explica o órgão.
A Defesa Civil também afirma que não registrou nenhuma ocorrência até a manhã desta terça-feira (10).
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Rio Negro
As áreas centrais de Rio Negro (PR) e Mafra (SC) são divididas por um rio — Foto: Reprodução/Prefeitura de Rio Negro/Divulgação
O Simepar não possui estação meteorológica em Rio Negro. A cidade paranaense faz divisa com Mafra (SC) - onde choveu 140,2 mm entre sexta (6) e segunda-feira (9), segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Ciram).
Segundo o monitoramento hidrológico da Copel, na cidade o rio Negro estava em 1,343 metro à meia-noite de sexta-feira (6). Às 14h de segunda-feira (9) a medição apontava 6,154 metros e, às 8h desta terça (10), 6,645 metros.
De acordo com a Defesa Civil municipal, quando o nível chega a 6,8 metros o rio começa a atingir casas.
"Estamos com três bairros em situação de emergência. Ainda não iniciamos evacuação de moradores, mas estamos monitorando as situações de riscos mais alarmantes. O rio chegou a transbordar na localidade de Baitaca, onde não passa mais carro, mas as pessoas não estão ilhadas porque podem ir por outras ruas - porém, muito mais longe", explica o órgão.
A prefeitura municipal afirma que ativou planos de contigência e emitiu alertas preventivos.
"Abrigos temporários estão prontos para receber a população, e rotas de evacuação foram definidas e estão sob supervisão constante. As comunidades em áreas de risco já foram notificadas sobre os possíveis impactos e medidas preventivas", afirma o Município.
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