Blog do Mauro Ferreira

Por Mauro Ferreira

Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz'. Faz um guia para todas as tribos

Entranhada na gênese da música do Brasil desde antes de o samba ser samba, a imensurável contribuição dos compositores e instrumentistas pretos na construção do cancioneiro do país está explicitada já no título do 11º álbum do violonista e compositor Marcel Powell, Musicalidade negra.

No disco, Louis Marcel Powell de Aquino – filho do também violonista Baden Powell (1937 – 2000) – toca músicas de compositores como Djavan (A ilha, 1980), Dorival Caymmi (1914 – 2008) (O bem do mar, 1954), Johnny Alf (1929 – 2010) – duplamente representado no repertório por Ilusão à toa (1961) e Eu e a brisa (1967) – e Luiz Melodia (1951 – 2017) (Estácio Holly, Estácio, 1972).

Fabiana Cozza, Mestrinho e Nilze Carvalho são os convidados de Marcel Powell no álbum Musicalidade negra.

“Embora muitos tentem ignorar, a desigualdade racial e o racismo ainda estão enraizados na sociedade brasileira. O álbum Musicalidade negra é uma maneira de abrir caminho, através da arte, para promover essa discussão. Ao reunir a música produzida por artistas brasileiros negros, destacando a importância e a força desse produção, o disco faz da música um caminho de libertação do preconceito, pois, como já disse Baden Powell, ‘música é a língua que fala em qualquer lugar’ ”, conceitua Marcel Powell, filho de Baden, exponencial violonista fluminense que sintetizou a negritude no toque mágico das cordas de violão que transcendeu as fronteiras do Brasil.

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