— Foto: Yvonne Maggie
Perdoar a gente perdoa, mas esquecer nunca, como disse alguém.
Essa máxima me veio à cabeça depois de conversar com minha irmã Maria. Caminhando pelo terreno do belo hotel na serra do Rio de Janeiro onde fomos passar uns dias, ela me contou de sua tristeza. Coisa pequena, mas doída. Coisa assim menor diante das enormes injustiças e profundas tristezas da vida.
Minha irmã se queixa da boca para fora porque, de fato, vive a vida aos setenta anos como aos quinze. No hotel, entre duas escadas, há um escorrega para a alegria das crianças e ela, sem pestanejar, desceu num átimo e chegou ao final com a carinha mais alegre que já vi.
Minha irmã Maria tem um sorriso largo, diz que não é carinhosa, mas na verdade, é pessoa que sabe dar e receber como não conheço ninguém.
Não se avexe, Maria, afinal foi você mesma que me ensinou que a vida pode ser tão prazerosa como uma descida de escorrega.