O mestre pediu aos seus discípulos que conseguissem comida. Estavam viajando, e não conseguiam se alimentar direito.

Os discípulos voltaram no final da tarde. Cada um trazia o pouco conseguido por meio da caridade alheia: frutas já podres, pães duros, vinho azedo.

Um dos discípulos, porém, trazia uma saca de maçãs maduras.

“Farei sempre todo o possível para ajudar meu mestre e meus irmãos”, disse ele, dividindo as maçãs com os outros.

“Onde você arranjou isto?”, perguntou o mestre.

“Tive que roubá-las”, respondeu o discípulo. “Os homens só me deram alimentos velhos, mesmo sabendo que pregamos a palavra de Deus”.

“Pois vá embora com suas maçãs, e não volte nunca mais”, disse o mestre. “Aquele que rouba por mim, terminará roubando de mim”.