Caramba, que piloto bom esse de “Watchmen”. Acho que não lembro a última vez que um primeiro episódio de uma série me empolgou tanto quanto esse. Tirando que eu não entendi quase nada e tal, mas acho que faz parte da proposta (não faz?). Foi tudo tão bom.
Antes de continuar, é bom deixar claro, para o bem e para o mal: eu nunca li meio quadrinho de “Watchmen” na vida. Não fazia a menor ideia (ainda não faço, na verdade) sobre o que é a história, os personagens, nem por que é tão badalado. Então tudo o que eu achar dessa série vai ser unicamente sobre a série e não sobre a adaptação dos quadrinhos. (E por tudo o que é mais sagrado: não vá me xingar nos comentários porque eu nunca li “Watchmen”. Use seu tempo para achar resenhas de gente que leu, tipo essa aqui, que está muito boa. Obrigada).
'Watchmen', série baseada nos quadrinhos, ganha 1º trailer; ASSISTA
Mas então. Caramba, o episódio é bom do começo ao fim – e eu nem gosto de série de herói. Mas aí um dos heróis é a Regina King, e é meio sobre luta racial (o episódio começa com o massacre da população negra da cidade de Tulsa, em Oklahoma, em 1921), supremacistas brancos, justiceiros, e a Regina King se veste meio de freira e os policiais são mascarados e tem um policial que usa uma cabeça de panda, e é tudo legal demais. Chove lula, mencionei? E no meio de tudo tem um cara excêntrico que vive numa mansão e não fazemos ideia de quem seja. Fiquei fascinada, quero ver logo o segundo.
Sendo do Damon Lindelof (pessoa que eu detestava nível hard na época de “Lost” mas que aí virou basicamente o amor da minha vida por ter feito “The Leftovers”), já fiquei sabendo que tem um monte de easter-eggs, tem site para explicar a realidade paralela (ou sei lá algo do tipo) e podcasts explicativos e não sei o quê. De minha parte digo que seguirei vendo apenas a série. Talvez. (HBO)
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Sim, leitor, já dei um google para entender umas referências.
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Por falar em série de herói, alguém já viu “The Boys”? É tosquinha, mas que divertida. Devorei tudo em poucos dias. São super-heróis que trabalham para uma grande corporação e combatem o crime e são ídolos nacionais mas na verdade são quase todos meio do mal ou no mínimo um pouco mau-caráter. E aí tem uma turminha da pesada que tenta desmascará-los e é tudo muito bom. (Amazon Prime)
Acho que eu gosto sim de série de herói.
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Cena de 'Succession' — Foto: Divulgação/HBO
E aí sigo vendo a segunda temporada de “Succession” porque o universo inteiro acha essa série o suprassumo da maravilhosidade e eu acho apenas ok, mas odeio estar desenturmada. Tirando que já sou muito apegada à família Roy, né, tem isso.
Eu realmente não entendo todo mundo achar “Succession” tão boa. É ok e às vezes cansativa e repetitiva. Mas agora eu vou até o final. Para quem nunca viu: é sobre a vida de uma família de bilionários dona de um conglomerado de mídia, um patriarca dominador, uns irmãos desajustados, brigas pelo controle dos negócios. Mas no fim é quase uma comédia porque tudo é muito patético. (HBO)
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Por fim, mas não menos importante: caí num papinho de “começa ruim mas a segunda temporada é demais” e de repente me vi viciada em “The OA”, uma série sobre uma garota cega que desapareceu e reaparece sete anos depois e não é mais cega e volta meio mística e reúne um grupo de desajustados numa casa abandonada para contar a eles sobre experiências de quase morte e tal. Sim, é meio tosca, nada nesse mundo me faria ver depois de ler essa premissa (eu não contei tudo porque fiquei um pouquinho com vergonha, confesso), não é assim muito bem escrita nem com grandes atuações.
Mas o primeiro episódio é excelente e aí você já emenda no segundo e quando vê não consegue mais largar porque a história é muito boa. Acabei de acabar a primeira temporada, achei mediana (mas, sim, viciante) e agora quero ver a segunda, que me prometeram ser sensacional. Vem comigo. (Netflix)
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Estou com muita preguiça de ver esse filme de "Breaking Bad".