Legendado

Por Cláudia Croitor

É jornalista e editora-chefe do G1


Cersei: quase na torcida pela vilã — Foto: HBO

Nossa que saudade que eu tava da Cersei, gente do céu. Como é bom quando ela aparece cortando uma cabeça pra dar uma agitada nas coisas (eu achava que ela ia dar um chutão e empurrar a Missandei lá de cima, teria sido bom também).

Só é triste que a gente nem fica tenso com a possibilidade de o Tyrion morrer ali com umas flechadas. Ah, fossem outros tempos de “Game of Thrones”...

Fora que quem achou que a Cersei ia falar “ai, é mesmo, em nome do meu bebezinho vou me entregar”? A mulher já até mudou o pai da criança pra ficar melhor nos seus planos.

O Tyrion deixou de ser o melhor personagem faz bastante tempo, né, a gente que se recusa a admitir. Só dá conselho errado.

Fora as cem vezes em que ele repetiu nesse episódio “ah mas Dany ama Jon eles se amam e o amor é mais importante que tudo”.

Ainda bem que Varys, que estava sem função fazia tempo, voltou pra fazer sua velha e boa política.

Essa segunda metade (embora tudo tenha acontecido tão rápido, pegaram a balsa Winterfell-King’s Landing e em meia horinha já estavam lá) fez o episódio valer a pena, ufa. Porque aquela briga de cunhadas com o Jon bundão no meio estava de chorar.

Jon Snow tá difícil de a gente continuar amando, amigos. Pior que ele só ele com a Dany, o casal com menos química da teledramaturgia mundial.

E aquele clima de gente bonita e azaração na festa da vitória também foi cansativo (embora eu tenha curtido a Dany saindo fora desenturmada).

O Tormund virando o tiozão da balada foi horrível, “esse Jon pilotou o dragão, meu, ele é o cara, pode botar mais cerveja pra ele”, gente do céu. “Vou pro norte porque a mulherada aqui não me curte”. Vai pro norte, vai, obrigada pelos seus serviços.

Daenerys em cena da última temporada de Game of Thrones — Foto: HBO

Mas, voltando pra parte legal do episódio: eu quero Dany crazy, sangue nos olhos. Ela perdeu muitos entes queridos nas últimas semanas, não dá pra ela continuar com aquele sorrisinho amarelo fazendo declaração de amor pro Jon - fora que foi meio vergonhoso ela pedindo “Jô, não conta pra ninguém que você é mais rei que eu, por favor, nunca te pedi nada”. Com o pior argumento ever, se você contar elas não vão me deixar ser rainha, eu quero ser rainha. Você era melhor que isso, Daenerys. Come on.

Ainda bem que ele contou pra Sansa (que, já entendemos, virou uma mulher guerreira e sábia depois de tanto perrengue, não precisa repetir isso em cada diálogo), e ela não quer mais saber de honrar juramento nenhum e já foi fofocar pro Tyrion.

Gente, só temos mais dois episódios. Se não for assim a coisa não anda.

Então o que a gente espera é que Dany saia queimando geral no penúltimo episódio. Ou é isso ou eu vou torcer pra Cersei ganhar essa guerra (já torço por isso secretamente? Talvez).

*

E a Arya apenas foi quem matou o rei da noite e dos mortos e me vem o Gendry querendo que ela vire dona de casa, francamente.

*

Brienne e Jamie: finalmente rolou, mas certeza que ele estava pensando na Cersei naquele pós-sexo (e cortaram totalmente qualquer cena de sexo em “Game of Thrones”, quem diria. Esperamos anos por esse acontecimento e foi só isso?)

Aliás, eu quero que o leitor que outro dia me xingou de alguma coisa quando eu falei que Brienne era a fim do Jamie, dizendo que era “só uma admiração”, venha aqui e peça desculpas em público. É, você mesmo.

*

A pior cena de todas: o Jon doando o Ghost. Sério, o que foi aquilo? Que cruel, perdeu cem pontos comigo.

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Ai, faltam dois. Haaaaja coração

Ghost: Jon Snow doa o lobo para Tormund — Foto: HBO

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