Game Of Thrones: Arya no terceiro episódio da última temporada — Foto: HBO
Vou te falar que quando a Melisandre acendeu as espadas de todo mundo no começo do episódio eu gritei de alegria. Afinal, é pra isso que a gente tá há uns treze anos vendo essa série né? Não pra ver Dany e Jon andando de mão dada na neve.
E que belíssimo episódio! Escuro, sim, mas acho que se fosse mais claro ia ser financeiramente inviável fazer essa batalha incrível de mais de uma hora (mas que deu vontade de ficar acertando o brilho da TV deu). E eles estavam lutando no meio do nada numa noite de inverno com mortos-vivos. Tinha que ser no escuro.
Foi demais, do começo ao fim, embora tenha morrido bem menos gente relevante do que eu esperava (o que torna o episódio passado mais inútil do que a gente tinha achado).
Theon se foi, até porque nada era mais óbvio que ele morrer se redimindo. Sor Jorah se foi, do modo mais digno possível (pra ele), defendendo sua amada rainha.
O outro lá que não morria cumpriu sua missão nas vidas e morreu por um propósito. Muito que bem. Mas nem o Verme Cinzento morreu na batalha, jurava que ele ia.
Eu adorei aquele começo tenso, todo mundo com aquela dorzinha de barriga pré-batalha, muitos e muitos minutos de tensão.
E, gente, teve tanta coisa, caramba. Já falei que amei Melisandre aparecendo (onde ela tava esse tempo todo mesmo? Vivendo de ler cartas pros turistas na neve? Pergunta honesta), amei que ela acende a espada de todo mundo e a galera vai lutar no escuro e aí as espadas vão apagando... Aliás, lá se foi quase todo o exército da Daenerys, não?
Agora, embora a gente tenha se acostumado a isso, é preciso se conformar com o fato de que nem só de mortes chocantes é feita a vida, ou ao menos “Game of Thrones”. Acho que agora todo mundo vive até a batalha final contra a Cersei (é isso o que falta pra acabar, correto?).
Mas foram bons os momentos de dúvida, vai. Tipo será que o Jamie morreu? Oh no a Brienne, perdemos a Brienne?? Gente, e a Arya, socorro! Que emoção.
No fim, quem mais brilhou foi nossa querida Arya, que de um show naquela biblioteca, perdeu sua arma, arrasou com outra, mandou a irmã pro porão, quase morreu nas mãos do rei da noite e acabou sendo quem salvou todo mundo.
Sam foi bem inútil na batalha e terminou vivão também, o que só comprova a tese de que Got vai terminar com ele escrevendo a história dos sete reinos num livro e, ao colocar o ponto final, ele vai dar uma piscadinha pra câmera e segurar no colo o filhinho do Jon Snow. Ok, parei. Eu curto o Sam.
Preciso dizer que gostei muito quando Dany taca fogo no rei da noite e depois de minutos de chamas ele sai intacto. Eu jurava que ele ia falar “quem é o não queimado agora, querida?”.
Imagem do Rei da Noite no terceiro episódio da última temporada de Game of Thrones — Foto: HBO
É, amigos, eu que já fui tão fã de Dany agora às vezes me pego torcendo contra. Virou uma mala. E agora que os zumbis estão mortos ela pode focar no seu verdadeiro problema: o que fazer com Jon Snow, seu amor/concorrente na corrida pelo trono de ferro/and sobrinho? Hmmm.
Aliás, não que eu seja uma estudiosa de táticas de batalha, mas não seria mais lógico Dany primeiro sair queimando geral com o dragão e aí os que forem sobrevivendo e indo em direção ao castelo serem recebidos pelos soldados que aí sim iam lutar? Acho que ia ter poupado uma galera, mas só acho.
Por fim, queria entender Jon Snow gritando com o dragão de gelo, tipo tentando uma última cartada “vai que ele vê que sou um Targaryen e me obedece”, mas ufa que a Arya foi mais eficiente.
Enfim. Que episódio.
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Mas agora então chega de mortos-vivos, né? O inverno está chegando, o inverno chegou, fim do inverno, bola pra frente, certo?
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Alguém me explica pra que serviu o Bran virando os olhos enquanto rolava a batalha? Juro que não entendi o que aconteceu ali.
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Na verdade alguém me explica pra que serve o Bran além de ter revelado quem é Jon Snow?
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Ah, esqueci de mencionar: morte muito digna a da pequena Lyanna.
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E o Ghost, que antes era bem relevante e agora faz só umas participações especiais como o cão da família?
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Bateu saudade da Cersei.