O presidente da comissão especial do impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB), disse nesta terça-feira (2) que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, descartou a possibilidade de o Senado realizar sessões do julgamento final do impeachment aos sábados e domingos.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse mais cedo nesta terça que, se fosse necessário, o Senado trabalharia no final de semana para concluir o processo de impeachment ainda no mês de agosto. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente do partido, também tem defendido sessões nos últimos sábado e domingo do mês.
Segundo Lira, Lewandowski afirmou, durante reunião, que não é costume do Senado realizar sessões nos finais de semana e, por isso, afastou a possibilidade. Ainda de acordo com Lira, na reunião, Lewandowski disse que tanto acusação quanto defesa terão direito a cinco testemunhas. O líder da oposição, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), queria que a defesa tivesse direito a, pelo menos, 15 testemunhas.
Lira informou ainda que disse ao presidente do STF que os autores da denúncia de crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff abriram mão de 24 horas do prazo para entrega do chamado “libelo acusatório”, documento que sintetiza todos os elementos levantados pela acusação e com lista de testemunhas. Originalmente, esse prazo é de 48 horas.
Com a redução, Lewandowski poderá marcar o início do julgamento final, caso ele aconteça, já para o dia 25 de agosto, uma quinta-feira.
Segundo o presidente da comissão especial, Lewandowski não disse em qual data vai marcar o julgamento final. Isso porque o magistrado ainda aguarda a decisão do Senado sobre a necessidade do julgamento.