Por Fábio Amato, TV Globo — Brasília


  • A Controladoria-Geral da União (CGU) apresentou um plano para combater a corrupção no governo federal entre 2025 e 2027, com 260 ações distribuídas em cinco eixos

  • Entre as medidas, destacam-se o projeto Vespa para apurar enriquecimento ilícito e melhorias no Cadastro Único e Bolsa Família

  • O plano também inclui fortalecer a detecção de irregularidades no INSS e desenvolver mecanismos de análise patrimonial de agentes públicos

  • O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, ressaltou a necessidade de reorganizar os incentivos na Lei Anticorrupção

  • Os órgãos participantes se comprometeram a destinar recursos para implementar as ações previstas

Controladoria Geral da União (CGU) — Foto: Reprodução/RPC

A Controladoria-Geral da União (CGU) apresentou nesta sexta-feira (13) um plano que prevê a adoção de uma série de medidas no governo federal, ao longo dos próximos três anos, com o objetivo de combater a corrupção.

Batizado de Plano de Integridade e Combate à corrupção, o documento estabelece 260 ações que deverão ser implementadas entre 2025 e 2027 pelos órgãos participantes, como ministérios e agências reguladoras.

Essas 260 ações estão distribuídas em cinco eixos de atuação, que visam desde o aprimoramento do controle do gasto público até o aumento da transparência.

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No eixo de combate direto à corrupção, estão listadas 49 ações distribuídas entre vários órgãos. Dessas, 22 deverão ser implementadas até o fim de 2025.

Entre as medidas de combate à corrupção, estão:

  • projeto Vespa, que prevê a melhoria da apuração de casos de enriquecimento ilícito de agentes públicos
  • melhora de procedimentos para detectar e tratar os indícios de corrupção e fraudes no Cadastro Único e no Bolsa Família
  • fortalecer a capacidade de detecção de falhas e irregularidades e de ilícitos de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
  • desenvolvimento de mecanismos de análise patrimonial de agentes públicos para combate ao enriquecimento ilícito
  • proposta de mudanças na Lei Anticorrupção, já em discussão no governo

"Temos uma preocupação muito grande com o fato de que os acordos de leniência não cumprem hoje a sua missão institucional, em todo o seu potencial, em matéria de Lei Anticorrupção. São acordos que muitas vezes fazem essa composição depois do processo investigativo já aberto. Eles não são um instrumento primordialmente utilizado hoje, na Lei Anticorrupção, para detectar ilícitos", disse o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho.

"Precisamos reorganizar esses incentivos dentro da Lei Anticorrupção para que o acordo de leniência possa cumprir esse papel", completou.

De acordo com ele, os ministérios e órgãos, ao se comprometerem com as ações, também se comprometeram a destinar recursos para que elas sejam colocadas em prática.

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