Por Luiz Felipe Barbiéri, g1 — Brasília


A Câmara dos Deputados começou nesta terça-feira (10) a votação de propostas ligadas à área de segurança pública, um tema relevante para o grupo conhecido como "bancada da bala" na Casa, que conta com 257 deputados.

A semana dedicada aos projetos do setor foi uma promessa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aos deputados da bancada antes de encerrar seu mandato. Ele deixa a cadeira em fevereiro de 2025.

Câmara aprova regime de urgência para votação de 18 projetos sobre segurança pública

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Cadastro de facções

Entre os projetos, está na pauta uma proposta de criação de um cadastro nacional de monitoramento de facções criminosas. Um acordo deve permitir a votação deste texto ainda nesta terça. Serão incluídas milícias no texto.

Conforme a proposta, a será considerada uma facção criminosa a organização criminosa que possua denominação, regras e hierarquia próprias, especializada na prática do crime de tráfico de drogas ou de “outros ilícitos penais que envolvam o emprego de violência ou grave ameaça para domínio territorial ou enfrentamento aos órgãos ou agentes de Estado”.

A pauta também inclui os seguints projetos (entre outros):

  • criação do Dia e a Semana Nacional da Segurança Pública Cidadã;
  • criação de mais uma hipótese de flagrante, o denominado "flagrante provado";
  • projeto sobre crimes de furto, furto qualificado e de roubo praticados durante calamidade pública ou de emergência social;
  • proposta que torna obrigatória a prisão preventiva na audiência de custódia em casos de crimes hediondos, roubo, associação criminosa qualificada e quando for configurada reincidência criminal;
  • projeto que criminaliza a obstrução de vias públicas com o uso de barricada para cometer crimes ou impedir acesso da polícia – como o que foi feito com ônibus no Rio de Janeiro, em outubro;
  • criação de um cadastro de pedófilos condenados por esse crime;
  • projeto sobre crime organizado transnacional.

Armas para investigados

Outro projeto, na visão de especialistas, pode facilitar o acesso a armas para quem é investigado por crimes.

Para especialistas, projeto pode facilitar acesso a armas para quem é investigado por crimes. — Foto: Unsplash/Hosein Charbaghi

Isso porque o texto diz que, para adquirir armas, é preciso ter comprovação de idoneidade – que são fornecidas se não for condenado por sentença com trânsito em julgado (ou seja, quando não cabe mais recursos) – por crime doloso contra a vida e hediondo ou a este equiparado.

Hoje, a pessoa já fica impedida de obter armas se estiver respondendo a inquérito policial ou a processo criminal.

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