Por Isabela Camargo, GloboNews — Brasília


  • A Polícia Federal encontrou material genético em uma propriedade rural próxima ao presídio federal de Mossoró

  • As amostras serão encaminhadas pala o Instituto Nacional de Criminalística da PF, em Brasília, e serão confrontadas com informações genéticas dos fugitivos da penitenciária

  • No local em que o material foi coletado, investigadores suspeitam que os criminosos tenham furtado roupas e objetos

  • O resultado da análise das amostras deve sair em até 3 dias

PF recolhe material biológico em zona rural próxima ao presídio de Mossoró

PF recolhe material biológico em zona rural próxima ao presídio de Mossoró

A Polícia Federal recolheu material biológico em uma propriedade rural próxima ao presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), do qual dois presos fugiram na última quarta-feira (14).

As amostras encontradas serão confrontadas com informações genéticas dos fugitivos Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35.

O material será encaminhado para o Instituto Nacional de Criminalística da PF, em Brasília, e será analisado com prioridade. Os resultados podem ficar prontos em até três dias.

O material foi coletado em uma propriedade na qual Deibson e Rogério teriam furtado roupas e objetos.

Fugitivos estavam em celas vizinhas

A fuga na madrugada da última quarta-feira foi a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, criado em 2006.

Antes de fugirem, Deibson e Rogério estavam isolados em celas individuais – porém vizinhas, separadas por uma parede. Os dois podem ter conseguido planejar a ação.

Os criminosos escaparam da mesma maneira, por um buraco na cela. Como fugiram juntos, a suspeita é de que:

  • os dois possuíam ferramentas que foram usadas para fazer os buracos;
  • os dois conseguiram manter contato para que a fuga ocorresse de maneira coordenada, ao mesmo tempo.

Força-tarefa encontra camisa de uniforme da prisão de Mossoró no meio da mata

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Falhas em reforma facilitaram saída

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou em entrevista na quinta (15) que os foragidos conseguiram escapar em razão de problemas no planejamento de uma reforma no presídio e pelo descuido com os materiais de construção.

Segundo o ministro, a fuga foi facilitada por falhas no revestimento ao redor da luminária. Depois de sair, os detentos entraram para o "shaft" – parte onde ficam as tubulações – e, de lá, conseguiram acessar o teto, relatou Lewandowski.

Não havia nenhuma grade ou proteção – detalhe que faz parte do planejamento de construção.

O ministro ainda relatou que os presos se depararam com um tapume de metal que protegia a área do presídio sob reforma.

Mesmo assim, conseguiram ultrapassar a área e cortar as grades da penitenciária com um alicate. O presídio não tem muralha concreta que separe as áreas interna e externa.

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